Notícias | 7 de março de 2019 | Fonte: Sincor-SP

Vice-presidente do Sincor-SP debate a importância da liderança feminina nas organizações

A importância da “Liderança Feminina nas Organizações” foi tema de debate em evento do CIST (Clube Internacional de Seguros de Transportes), no dia 21 de fevereiro, no São Paulo Center. A apresentação foi conduzida pela sócia do escritório Mattos Filho Advogados, Camila Calais e contou com a participação das debatedoras Cristina Domingues, presidente da seguradora Starr Companies, Mayra Monteiro, diretora de parcerias da Golden Sat e Simone Martins, 2ª vice-presidente do Sincor-SP.

A palestrante trouxe motivos para que as empresas tenham mais mulheres na liderança, entre eles: atração, desenvolvimento e retenção de talentos; equipes diversas resolvem problemas e desafios complexos com mais facilidade; ideias e experiências diferentes promovem um ambiente propício à criatividade e soluções inovadoras; além de promoção de diversidade e inclusão. “Há uma forte correlação entre diversidade de gêneros em equipes executivas e lucratividade e geração de valor. Empresas com mais mulheres na liderança tendem a ser mais lucrativas”, disse a palestrante Camila Calais.

Nesse sentido, Simone Martins comentou sobre as mudanças na corretagem de seguros. “Trabalhei em seguradora, ambiente que era predominantemente masculino e, há 30 anos, atuo como corretora de seguros. No início, as mulheres eram mais retraídas nesta profissão, geralmente eram esposas de corretores, que atuavam na parte administrativa, enquanto os homens iam para o front das vendas. Hoje, elas estão se destacando cada vez mais, mas ainda há o que evoluir”.

A corretora de seguros contou seu case de empreendedorismo como mulher em uma cidade do interior. “Sou de Jundiaí, onde comecei a corretora do zero. Crescemos e, hoje, estamos entre as três maiores corretoras da cidade. Isso me deixa bastante lisonjeada, até porque lidero uma equipe praticamente feminina – 90% do meu quadro é composto por mulheres. Mulher tem um trato diferente, uma forma delicada, uma rapidez na resolução dos problemas, mas também tenho na equipe homens e homossexuais. O importante é a desenvoltura no trabalho, não importa o gênero”.

Simone questionou a palestrante com curiosidade sobre os dados apresentados: “A mulher tem desenvoltura, liderança, traz lucros para o negócios, mas ainda representa 7% em cargos de alta relevância nas corporações. Como mudar este cenário?”.

Camila Calais respondeu que não é possível mudar de um dia para o outro, a não ser que implante uma política mais drástica, como a de cotas. “A política de cotas desagrada na grande maioria das organizações. O ideal é fazer um trabalho de médio para longo prazo, que contemple também treinamentos para que as lideranças atuais tenham talentos femininos em seus processos de sucessão. Existem empresas que já colocam como política que toda direção deve ter pelo menos duas pessoas, sempre um homem e uma mulher”, garantiu.

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