Estudo da Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg), que inclui os números do ramo saúde, mostrou que as vendas do mercado de seguros, em termos reais, que emitiram os primeiros sinais de reação em setembro e outubro, do ano passado, deram um grande salto em novembro. O faturamento no mês cresceu 10%, expurgados os efeitos da inflação medidos pelo IGP-M, ao atingir R$ 3,2 bilhões, frente aos R$ 2,9 bilhões captados em novembro de 2002.
Tal desempenho, contudo, não foi suficiente para evitar a queda no ano, embora tenha contribuído para diminuir o tamanho da perda. A receita acumulada, na casa de R$ 33,9 bilhões, ficou 2,4% abaixo da contabilizada em igual período de 2002, descontada a subida dos preços registrada pelo índice da Fundação Getúlio Vargas.
Pelo critério de prêmios ganhos, as seguradoras amargaram queda real da ordem 10,2% nos onze primeiros meses do ano, quando a receita, depois de deduzidos os gastos com resseguro e a constituição de reservas, ficou em R$ 24,6 bilhões, contra R$ 27,3 bilhões computados no exercício anterior, em idêntico intervalo de tempo. No mês, contudo, os R$ 2,3 bilhões de prêmios ganhos cresceram, pela primeira vez no ano, em termos reais: 4,6%, frente a novembro de 2002.
Nos sinistros retidos, também eliminados os efeitos da inflação, o estudo da Fenaseg mostra que os desembolso s das seguradoras, de R$ 17,2 bilhões, diminuíram 4,9% até novembro, frente ao acumulado de R$ 18,2 bilhões pagos em indenizações em onze meses do exercício anterior.