Pelos cálculos da Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg), as vendas de seguros chegaram a setembro crescendo acima da inflação, medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). O faturamento de R$ 35,955 bilhões subiu 3,3% reais, frente aos nove primeiros meses de 2004.
A expansão real da receita pelo critério de prêmios ganhos, segundo as contas da Fenaseg, foi ainda mais expressiva. Até setembro foi de 4,2%, ao atingir R$ 23,751 bilhões. Este crescimento situou-se acima da evolução dos sinistros retidos, que foi de 3,5%, com as indenizações chegando ao patamar de R$ 15,957 bilhões.
A taxa de sinistralidade do setor chegou a 64,6% em setembro. Mas a média dos nove primeiros meses do ano ficou em 67,2%. No ramo de veículos, o coeficiente atingiu 68,9% em setembro e na carteira de vida, 53,7%. A maior taxa foi verificada no seguro-saúde: 83%. Duas outras carteiras também apresentaram elevado índice de sinistralidade em setembro: a de crédito, com 82%, e a do seguro obrigatório de veículos automotores (Dpvat), com 74,1%.
As contas da Fenaseg, que são baseadas em números da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostram ainda que em setembro, o faturamento total de R$ 4,148 bilhões ficou 6,2% abaixo de agosto, mas subiu 7,9% sobre setembro do ano passado. Pelo critério de prêmio ganho, a receita no mês, de R$ 2,792 bilhões, também caiu frente a agosto (-1,9%) e subiu 10,9% na comparação com setembro de 2004.