Notícias | 10 de maio de 2004 | Fonte: Jornal do Commercio

Vendas nominais cresceram 30,7% no primeiro trimestre

As seguradoras faturaram no primeiro trimestre do ano R$ 8,863 bilhões, registrando expansão nominal da ordem de 30,7%, frente a igual período de 2003, segundo dados do Sistema de Estatísticas da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que não inclui os números sobre o seguro-saúde.

Como ocorre desde o ano passado, a evolução das vendas está fortemente influenciada pelos seguros de vida resgatáveis, conhecidos pela sigla VGBL, que até março captaram prêmios superiores a R$ 2,3 bilhões, 155% mais que no primeiro trimestre do ano passado.

Sem o VGBL, o mercado de seguros brasileiro teria crescido no período 11,1%, índice médio de expansão verificado nas principais carteiras de negócios.

No seguro de automóvel, por exemplo, as vendas nominais subiram 10,8% no trimestre, com o faturamento chegando a R$ 2,290 bilhões, contra R$ 2,066 bilhões do ano passado.

Com os seguros de vida, as seguradoras arrecadaram R$ 1,213 bilhão, não mais que R$ 87 milhões acima das vendas contabilizadas em 2003, até março, performance inferior a do ramo de veículos. Nos seguros de acidentes pessoais, o desempenho foi melhor: alta de 13,2% e receita no patamar de R$ 233,8 milhões.

O seguro obrigatório de veículos (Convênio Dpvat) também evoluiu acima da média do mercado (sem o VGBL), ao crescer 25,3%, com os prêmios ultrapassando a casa do meio bilhão de reais. Foram exatos R$ 513,3 milhões.

Apesar da grande movimentação de mercadorias rumo ao exterior, os dados da Susep indicam que seguros de transportes não acompanharam essa locomoção até os portos: cresceram 10,3%, com o faturamento situando-se em R$ 186,3 milhões.

Mantendo-se o expurgo do VGBL sobre os números da Susep, constata-se que os sinistros, até março, subiram abaixo da receita do mercado. As seguradoras pagaram indenizações da ordem de R$ 3,126 bilhões, 9,2% mais que no primeiro trimestre de 2003.

Em 8 anos, expansão real foi de 65%

O faturamento dos mercados de seguros, previdência privada aberta e capitalização teve crescimento real de 65%, entre 1995 e 2003, segundo levantamento realizado pelo Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro, que utilizou o IPCA para atualizar os valores comparados. Em 2003, o aumento real da receita foi de 5,2%, sobre 2002.

Dos três segmentos analisados, a previdência privada aberta foi a que mais cresceu nos últimos oito anos: 305,9% reais. Na atividade de seguros, a alta foi de 52,1% e no setor de títulos de capitalização, de 32,4%.

De acordo com o estudo, a maior expansão real dos três segmentos ocorreu logo após a edição do Plano Real, nos anos de 1995 e 1996 (18,3%). A taxa de menor crescimento foi verificada entre 1997 e 1998 (1,37%).

Na previdência privada aberta especificamente, verificou-se queda real em 2002 (-12,4%) e 2003 (-4,7%). O mesmo ocorreu na capitalização: queda entre 1996 e 1997 (-27,9%) e entre 1997 e 1998 (-22,1%). No seguro, houve recuo, de 0,3%, apenas entre 1998 e 1999.

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