Notícias | 27 de abril de 2004 | Fonte: Jornal do Commercio de Pernambuco

Vendas de seguros de saúde têm queda de 40%

A briga entre médicos e seguradoras foi um dos fatores responsáveis pela queda de 40% nas vendas de seguros de saúde no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2003. O setor, que já amargava diminuição nas vendas pela retração do poder de compra, sofre os efeitos da queda de braço entre médicos e seguradoras. Os clientes estão receosos de adquirir um produto que pode não garantir atendimento na rede referenciada. “Essa briga está trazendo incertezas ao mercado, assustando quem quer comprar um plano”, afirma o presidente do Sincor-PE, Carlos Valle. “A queda nas vendas já vinha acontecendo. O consumidor com pouca renda acaba cortando os gastos, incluindo plano de saúde. Mas essa briga adicionou mais um problema ao setor. É preciso que esse impasse acabe para o mercado voltar a trabalhar”, afirma. Segundo Valle, a venda de seguros saúde envolve cerca de 1.000 pessoas, que dependem das comissões de venda para sobreviverem. “Como não está se conseguindo vender, muitos estão migrando para trabalhar com previdência privada e seguro residencial.” Bertier Cândido de Oliveira, da Bertier Seguros, confirma a crise que o setor está passando. “Por conta da regulamentação da Agência Nacional de Saúde (ANS), que incluiu vários procedimentos, o seguro saúde individual virou um produto muito caro”, diz. Segundo ele, os clientes estão passando a adquirir planos de saúde mais baratos, de operadoras locais. “O que está vendendo agora são as operadoras pequenas, locais, com rede referenciada e cobertura menores. São planos em média 30% mais baratos em comparação com os líderes do setor, como Sul América e Bradesco”, calcula.

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