Notícias | 20 de dezembro de 2018 | Fonte: Por RENAN NUCCI | Correio do Estado

Trio planejava R$ 3 milhões em golpes contra seguradoras

Investigados destruíam máquinas agrícolas para serem indenizados 

Presos pela Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco) da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Ivalber Silva de Oliveira, de 53 anos, Fábio Kaufmann, de 36 anos, e Rudi José Wammes, de 54 anos, planejavam aplicar golpes na ordem de R$ 3 milhões contra seguradoras. O trio dissimulava e destruía máquinas agrícolas de forma proposital, a fim de receber indenizações de seguro. Eles respondem por estelionato e estelionato qualificado.

Durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira, a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelo inquérito, informou que existem registros envolvendo os três homens em diversos estados do país, em especial Rio Grande do Sul e Mato Grosso. O caso foi descoberto após desconfiança do funcionário de uma seguradora que percebeu inconformidades na solicitação de uma colheitadeira incendiada em fazenda em Sonora.

“Esse funcionário desconfiou da dificuldade em encontrar as pessoas interessadas no seguro porque quase nunca conseguia agenda encontro com elas. Também havia irregularidades no veículo incendiado em comparação com o veículo pelo qual o seguro era solicitado. Era como se uma máquina se passasse por outra”, explicou Medina, reforçando que deu início às investigações no dia 1° de novembro. Desde então, descobriu vários outros registros.

“Mesmo após as investigações, eles registraram cinco boletins de ocorrência com finalidade de seguro. Ao todo, o prejuízo estimado seria de R$ 3 milhões. Só no caso de Sonora, pelo qual eles foram indiciados, a indenização era de R$ 350 mil. E pelo que soubemos, eles conseguiram receber algumas delas”, explicou. Ivaldo era o líder do grupo e contava com apoio de Fábio e de Rudi, que operavam o maquinário e faziam as procurações.

Eles dispunham de uma empresa que arrendava maquinários para produtores rurais. Deste modo, se aproveitavam para dar cabo a determinados veículos e a fim de lucrar com seguro. Em  certas ocasiões eles destruíam propositalmente e em outras queimavam veículos velhos e altera sinais identificadores, para que se passassem por veículos mais novos, cujo as indenizações são maiores. Tudo era articulado do Rio Grande do Sul, onde residem. Eles estavam em Campo Grande e serão levados para o presídio de Coxim.

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