No programa “Pare e Pense” desta terça, dia 4/07, Gustavo Doria Filho, fundador do CQCS analisou se a Tesla pode ser uma ameaça ao corretor de seguros.
Para Doria, não é tão fácil para a Tesla vender seguros. “Temos que ter a consciência que vender seguros é complicado. Até para a Tesla”, ressaltou.
Como a companhia conhece o hábito de direção do dono do veículo, a Tesla acha que tem uma certa vantagem na venda do seguro. Doria explicou que o carro desenvolvido pela Tesla funciona com IoT (internet das coisas), “mas vender seguros não é simples”, reforçou.
Doria lembrou que o seguro do mutualismo e ainda existe o desafio da relação com o consumidor. “Você, corretor, o argumento que você mais usa pra vender seguro é preço?”, questionou.
Para o fundador do CQCS, a Tesla é ameaça para o corretor que tem o preço como argumento de venda. “O banco, a Youse, tudo é uma ameaça porque o preço não gera uma relação de lealdade, gera uma disputa a cada renovação”, ressaltou.
O corretor que gosta de proteger diminui a chance da Tesla. “Nem sempre vendo mais barato, mas sempre vendo mais adequado”, diferenciou.
Para ele, se o corretor consegue proteger o seu cliente tira toda a chance da Tesla. “Se o corretor tem o seguro do carro e o vida ou saúde; o seguro do escritório, o RC.. aí eu diria que a Tesla não tem chance”, afirmou.
Para Doria, a venda de seguros estará em diversos lugares: na farmácia, no pet shop, no posto de gasolina “e isso não é ameaça ao ao corretor”, disse. O fundador do CQCS afirmou que o corretor não deve gastar seu tempo xingando os novos entrantes. E, como de hábito, convocou o corretor a refletir: “corretor, o serviço que você presta agrega valor e inspira seu cliente a ser leal a você?”, questionou.