Notícias | 15 de janeiro de 2015 | Fonte: Revista Fator

Tensões geopolíticas aumentam riscos para as empresas

Apesar da análise negativa, o Brasil ficou na lista das nações com riscos político, macroeconômico e operacional médios para investimentos. E 2017, segundo o estudo, será um ano crucial para riscos políticos com uma série de eleições internacionais programadas na França, Alemanha, Hong Kong, Irã e Coréia do Sul, entre outros países

O aumento das tensões geopolíticas, violência política e movimentos separatistas, combinados com a queda dos preços das commodities, estão agravando os riscos políticos e trazendo mais desafios para os investidores no mundo todo. É o que mostra o Mapa de Risco Político 2015 da corretora Marsh, líder mundial em corretagem de seguros e gerenciamento de riscos, que analisa o grau de exposição de 170 países com base em três indicadores: risco político, risco macroeconômico e risco operacional durante o ano de 2014.

Entre as principais conclusões do relatório está o possível impacto da queda dos preços sobre os países dependentes do petróleo. Enquanto os preços mais baixos podem beneficiar muitos países importadores de petróleo e da economia global como um todo, um período prolongado de preços mais baixos poderia impactar negativamente os países que dependem fortemente de receitas de exportação do produto para equilibrar os orçamentos. Neste cenário, o Mapa classifica Angola, Chade, Guiné Equatorial, Irã e Venezuela como sendo de “risco grave” de uma maior deterioração em seus perfis de risco político, segundo o mapa elaborado com base em dados do Business Monitor International, consultoria do Grupo Fitch.

Além disso, a violência política é uma preocupação no Oriente Médio e Norte da África (MENA), Ucrânia, Tailândia e Hong Kong em 2014, de acordo com o Mapa. Outros países podem ser suscetíveis à agitação e à violência em 2015, particularmente onde as populações estão cada vez mais preocupadas com a economia.

O Brasil, segundo o mapa de risco político, passou para o bloco dos países emergentes que não apresentam grandes oportunidades para investidores, ao lado da Rússia e da África do Sul. Apesar da análise negativa, o Brasil ficou na lista das nações com riscos político, macroeconômico e operacional médios para investimentos. A Rússia foi classificada da mesma forma e a África do Sul, em um grupo de mercados um pouco mais instáveis. De acordo com o relatório baseado nos indicadores do mapa, a Rússia continua a ser mais problemática, em parte devido à sua anexação da Crimeia, o que resultou em sanções econômicas impostas pelos EUA e outros governos.

Em 2015 a tendência é de crescente continuação dos riscos políticos em muitas partes do mundo. Por conta disso, as organizações multinacionais precisam ficar à frente das principais questões que afetam os países e regiões em que operam. E necessitam estruturar amplos planos para fazer frente aos riscos e proteger os seus interesses estratégicos. E em 2017, segundo o estudo, será um ano crucial para riscos políticos com uma série de eleições internacionais programadas na França, Alemanha, Hong Kong, Irã e Coréia do Sul, por exemplo, entre outros países.

Perfil – A Marsh, líder mundial em corretagem de seguros e gerenciamento de riscos, trabalha em conjunto com seus clientes para definir, desenhar e distribuir soluções inovadoras e específicas para cada uma das indústrias, auxiliando-as a proteger seu futuro e a prosperar. Conta com cerca de 27 mil colaboradores que auxiliam na prestação de consultoria e capacidades transacionais para clientes em mais de 100 países. Pertence ao grupo Marsh & McLennan Companies (NYSE: MMC), uma companhia global de serviços profissionais que oferece a seus clientes consultoria e soluções nas áreas de riscos, estratégia e capital humano. Com 54 mil colaboradores no mundo e vendas anuais superiores a US$ 12 bilhões, também são parte da Marsh & McLennan Companies a Guy Carpenter, líder mundial na intermediação do fornecimento de serviços em riscos e resseguros; a Mercer, líder mundial em talentos, saúde, aposentadoria e consultoria de investimento; e a Oliver Wyman, líder mundial em consultoria em gerenciamento.

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