Notícias | 7 de novembro de 2019 | Fonte: CQCS

Tecnologia usada no mercado de seguros é imutável, inviolável e à prova de fraudes

Blockchain foi tema de palestra no primeiro dia do 13º Insurance Service Meeting, promovido pela CNseg, em 6 e 7 de novembro, em São Paulo. Lucas Aristides Mello, diretor de Inovação & Estratégia do IRB Brasil RE, foi o palestrante do painel que discutiu “As aplicações de blockchain em seguros e seus desafios regulatórios”. Também participaram o chefe do Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação da Susep, Leonardo José Brasil de Carvalho e a diretora de TI da HDI Seguros, Denise Ciavatta.

Mello destacou que o blockchain despertou o interesse do setor de seguros por ser uma tecnologia imutável, inviolável e à prova de fraudes. “Os dados dentro de blockchain não podem ser excluídos e isso torna o ambiente mais confiável”, disse.

Ele explicou que no seguro, um dos primeiros usos da nova tecnologia ocorre nos smarts contracts e defendeu a necessidade de desmistificar essa tecnologia. “Nada mais é do que automatizar os processos dentro de um sistema, produto ou plataforma”, disse.

Para ele, no setor de seguros, ainda existem alguns desafios para a implantação do blockchain, como a baixa inovação em produtos, os altos custos administrativos, fontes de dados fragmentados, fraudes, regulação rigorosa.

Na visão de Mello, o blockchain é importante para o regulador do mercado de seguros. “Não vão precisar coletar, armazenar, reconciliar ou agregar informações”, disse. Ele pontuou ainda que antes mesmo do blockchain, vem a inovação e, junto com ela, outras soluções tecnológicas que também precisam ser avaliadas.

Denise Ciavatta, diretora de TI da HDI Seguros, ressaltou ser preciso olhar a tecnologia como um meio de resolver problemas. O chefe do Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação da Susep, Leonardo José Brasil de Carvalho, disse que a autarquia não tem nenhuma iniciativa envolvendo blockchain “porque o custo de regulação é alto e poderia sufocar o mercado. Por isso, preferimos deixar que o mercado desenvolva essa solução”, disse.

Apesar disso, ele disse que algumas iniciativas da Susep podem fomentar o uso de blockchain, como, por exemplo, a apólice eletrônica e o sandbox. “O edital da sandbox, mostra que pela primeira vez a Susep fala em trocar informações com o mercado não pela FIP, mas por API. E isso é um grande marco”, disse. “Somos entusiastas da tecnologia, mas não vamos sufocar o mercado”, acrescentou.

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