Notícias | 4 de julho de 2003 | Fonte: Jornal do Commercio

Taxa média chega a 3,5% ao mês na carteira de automóvel

Os juros no mercado de seguros, embora elevados, são mais baixos que os praticados em outros setores da economia brasileira, segundo conclui o consultor da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Francisco Galiza, após realizar um amplo levantamento das taxas cobradas pelas seguradoras.
Francisco Galiza mostra que as taxas de juros mensais aplicadas pelas seguradoras no principal segmento de negócios do mercado, o ramo de veículos, ficam entre 3% a 3,5%, para o consumidor que decide comprar o seguro de automóvel parcelado em dez prestações. Segundo ele, esse custo do financiamento é extremamente mais barato do que o encontrado no mercado financeiro, que pode chegar a 7% ou 8% no caso do cheque especial.
Em seu estudo, o consultor da Fenacor considera as taxas praticadas pelas principais seguradoras do mercado, que juntas respondem por mais de 70% da receita captada com a venda de seguros de automóvel no País.
“Os juros mensais de 3% a 3,5%, embora apresentados em termos médios, se repetem em praticamente todas as empresas analisadas”, diz o consultor, acrescentando que, em geral, as taxas aumentam na medida em que o número de prestações também cresce. Ele reitera que as taxas citadas são relativas ao pagamento do seguro parcelado em até dez vezes.
Pelo estudo do consultor da Fenacor, verifica-se que o juro encarece o custo final do produto em mais de 22%, como no seguro de um Celta comum, ano de fabricação 2002, cujo preço à vista fica em torno de R$ 1.000, para um motorista homem, casado, 40 anos, 15 de habilitação, morando no Flamengo e que deixa o carro em garagem. A prazo, 10 prestações (1+9), o mesmo seguro pula para R$ 1.228, pagos em carnê.
Estudo mostra que pré-datado tem uso corrente no mercado
Sobre as formas de pagamento, o economista constata que as seguradoras trabalham de maneira diversificada para facilitar a vida do consumidor, dentro da obrigatoriedade da cobrança bancária. Assim, segundo ele, é comum no mercado o uso do tradicional boleto bancário (carnê), bem como o débito em conta corrente, o cartão de crédito e até cheques pré-datados.
No pagamento através de carnê, o consumidor é mais onerado no preço final da mensalidade. Ele arca com custos adicionais devido à tarifa bancária, o que não ocorre nos pagamentos com cheque pré-datado ou débito em conta corrente, nos quais as taxas ofertadas acabam sendo mais baixas.
Francisco Galiza assinala ainda que, quando o seguro é quitado em até quatro vezes (1+3), muitas seguradoras isentam o consumidor do juro. “De cada 11 empresas analisadas, oito já operam com taxa zero para pagamento em quatro parcelas”, assinala o consultor.
Ele observa que informações sobre o comportamento da variável juro na composição do preço dos produtos são oportunas, pois é mais um dado que o corretor de seguros deve usar ao orientar o consumidor na compra do seguro de automóvel.

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