Sinal de alerta no ramo saúde. Segundo pesquisa realizada pela Fenaseg, com base em dados oficiais da ANS, Agência Nacional de Saúde Suplementar, a taxa média de sinistralidade naquela carteira, que vinha se mantendo no já elevado patamar de 85% nos dois primeiros meses do ano, ultrapassou a faixa dos 90,3% em março. O problema se torna ainda mais grave na medida em que as seguradoras que operam nesse ramo enfrentam séria crise de relacionamento com os prestadores de serviços.
Além disso, a participação do seguro saúde na receita global de prêmios do mercado caiu de 18,5% para 16,5% entre fevereiro e março.
A pesquisa da Fenaseg indica ainda que a receita de prêmios emitida no primeiro trimestre, da ordem de R$ 10,7 bilhões, foi, em termos reais – ou seja, já descontada a inflação acumulada no período – 19,8% superior ao montante apurado nos três primeiros meses do ano passado. A federação utilizou o IGPM, calculado pela FGV, Fundação Getúlio Vargas, para atualizar os valores comparados.
Já o volume de prêmios efetivamente ganhos pelas seguradoras teve um incremento real de 22,7% entre os dois períodos, somando aproximadamente R$ 8 bilhões de janeiro a março deste ano.