Notícias | 1 de outubro de 2003 | Fonte: CQCS - Centro de Qualificação do Corretor de Seguros

Tarifa antiga e falta de técnicos impedem crescimento mais rápido

O desenvolvimento do mercado de seguros esbarra ainda em alguns gargalos que somente poderão ser removidos se houver uma perfeita sinergia entre órgãos reguladores e o setor privado. O problema maior, segundo especialistas, é a carência de técnicos e a defasagem de algumas tarifas importantes diante da nova realidade do consumidor. Nesse caso está a tarifa ainda adotada na carteira de incêndio, que engloba desde riscos residenciais até as coberturas para plantas industriais.
Segundo experientes executivos do setor, a tarifa de incêndio sofreu poucas alterações desde a sua criação, na primeira metade do século passado. Com isso, em muitas casos ainda são considerados cenários em que, de um lado, o segurado não tinha grandes preocupações com a segurança e a prevenção e, de outra, as seguradoras operavam com custos administrativas superiores a 30% das suas respectivas receitas de prêmios e a comissão do resseguro passava dos 33%.
Hoje, com os investimentos em altas tecnologias e equipamentos de última geração, a indústria conseguiu reduzir drasticamente os índices de sinistralidade. As seguradoras também baixaram seus custos, mas não conseguem acompanhar os avanços nos parques industriais, por não disporem de técnicos qualificados para calcularem o risco assumido, nem profissionais suficientes para fazer as vistorias em todos os locais que geram demanda.
Com isso, setores como as fábricas de colchões e a indústria de móveis, que amargavam altas taxas de sinistralidade no passado, enfrentam muitas dificuldades para contratarem uma apólice de seguro.
O ideal, segundo especialistas, seria a atualização das tarifas de cinco em cinco anos. Mas, se a Superintendência de Seguros Privados (Susep) não tomar a frente nesse processo, dificilmente, essa medida será adotada.

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