Notícias | 18 de julho de 2003 | Fonte: Jornal do Commercio

Susep prevê ciclo de expansão em 2004, feitas as mudanças

Apesar de prevê para este ano um crescimento de quase 20%, sobre 2002, segundo projeções de técnicos da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o superintendente interino do órgão, Neival Rodrigues de Freitas, revela uma certa despreocupação com o desempenho econômico da atividade de seguros nos próximos meses, que, na avaliação de alguns especialistas tende a absorver o impacto da retração que se generaliza nos mais diversos segmentos da indústria brasileira.
Pelos os últimos cálculos dos técnicos da autarquia, que não incluem o seguro-saúde, as seguradoras fecharam o segundo semestre com faturamento na casa de R$ 14,8 bilhões, 8,1% a mais do que o computado nos primeiros seis meses. No ano, a estimativa é da receita chegar a R$ 28,5 bilhões, com crescimento de 19,8% frente ao exercício anterior.
Mas para Neival de Freitas a preocupação nesta segunda metade do ano está voltada para a adoção de medidas que visam “oxigenar” o setor. Será, para ele, o período de reformas. Feitas as mudanças, ele prevê o ingresso do mercado em um grande ciclo de expansão no ano que vem. “Ficará para 2004 o grande momento da atividade de seguros, previdência e capitalização no Brasil”, assinala.
Neival Rodrigues, que está ocupando interinamente a superintendência da autarquia por motivo de doença do titular, Renê Garcia, adianta ainda que já estão formadas as comissões especiais criadas para estudar a revisão de procedimentos e de desenvolvimento de novos produtos. “Este ano será de muito trabalho”, reitera.
A intenção da Susep de, se for o caso, trazer do mercado internacional produtos que possam atender plenamente às necessidades do consumidor brasileiro é reafirmada por ele. “Uma das comissões especiais criadas por nós estuda exatamente essa questão”, diz.
VGBL sustentará alta das vendas até final do ano
Para ele, é quase certo que o faturamento do ramo vida ultrapasse de fato o do seguro de automóvel no ranking das maiores carteiras do mercado brasileiro. O que será, na sua opinião, conseqüência do sucesso de vendas do VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre),que influenciarão ainda os rumos do mercado este ano.
Quanto à reforma da Previdência Social, Neival Rodrigues afirma que essa questão já está se refletindo na previdência privada aberta desde que começou a ser discutida, no final dos anos 90. A partir de agora, ele entende que o tamanho do impacto da reforma sobre o setor privado dependerá, entre outros pontos, do limite de aposentadoria que será estabelecida para o sistema oficial.

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