A Superintendência de Seguros Privados (Susep) deverá receber proposta da Federação Nacional das Empresas de Seguro Privados e de Capitalização (Fenaseg) do mercado segurador para a formatação de um seguro voltado para as classes populares na sexta-feira. Para a Susep, o seguro popular é um nicho com potencial grande no Brasil, com 37 milhões de consumidores. “A popularização do seguro é a forma ideal de garantir a expansão do mercado, aumentando a poupança interna, e promovendo a inclusão social”, diz o superintendente da autarquia, Renê Garcia.
A proposta do mercado apresenta sugestões e revela entraves a serem vencidos para o avanço do novo produto. Entre eles está a questão da tributação do seguro de vida. Os especialistas entendem que a aplicação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), eleva o preço desses produtos. Por outro lado, os especialistas lembram que há muito tempo o mercado segurador vem pleiteando junto ao Governo a isenção de IOF para os seguros de vida, como forma de tornar possível a expansão do setor. Como os seguros populares cumprem importante papel social assegurando às famílias renda para atender suas necessidades básicas, a Fenaseg tomou a iniciativa, incluindo a proposta no conjunto das ações pleiteadas para o Governo do 2° Plano Setorial da Indústria do Seguro.
Segundo a Fenaseg, a medida permitirá maior disseminação da proteção à família e à vida das pessoas, contribuindo para desonerar o Estado. A Fenaseg propõe ainda uma forma de encontrar canais de distribuição apropriados dentro de um leque de possibilidades, como contas de consumo de luz, gás, telefone, entre outros meios para facilitar a comercialização do seguro direcionado às classes C,D, e E.