A Susep vai elaborar, até o final do ano, um novo sistema para calcular a participação de cada estado e região brasileira na receita global do setor de seguros. Segundo o diretor da autarquia, Neival Rodrigues, essa sistemática poderá ser implementada pelo mercado já no início de 2005.
Ele adianta, contudo, que não espera grandes alterações no percentual de participação dos grandes estados da federação no faturamento do setor: “São Paulo deve manter uma diferença muito grande em relação aos demais estados”, afirma Neival Rodrigues.
Há, contudo, quem discorde dessa opinião. Para muitos executivos do setor, a participação do mercado paulista na receita de prêmios nacional não poderia chegar a 50%, pois a fatia correspondente a esse estado no PIB brasileiro é bem inferior a esse limite.
Na opinião desses especialistas, Minas Gerais, com apenas 5% de participação na receita, é o estado mais prejudicado, ficando distante até do Rio de Janeiro, segundo colocado no ranking dos estados, com cerca de 12%.
Essa distorção ocorre porque as seguradoras, em geral, contabilizam a emissão de prêmios nas suas matrizes, a grande maioria localizada no eixo São Paulo-Rio de Janeiro, e não na cidade onde está o risco coberto.