Notícias | 16 de julho de 2018 | Fonte: CQCS | Carla Boaventura

SulAmérica destaca sete complicações bucais que fomentam a importância da odontologia no futebol

A saúde bucal pode interferir no rendimento dos atletas, saiba como

Dados da American Dental Association mostram que cerca de 5 milhões de dentes são perdidos por ano devido à prática de alguma atividade física. É em situações assim que o papel do cirurgião dentista durante a realização de atividades físicas, como o futebol, se mostra muito necessária, reforçando os cuidados que atletas profissionais e amadores devem ter com a saúde bucal. Para ressaltar isso, no ano de 2015, a Odontologia do Esporte foi reconhecido como uma especialidade pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO).

“O principal instrumento de trabalho de um jogador é o próprio corpo e, durante um campeonato importante como o Mundial, todo cuidado com a saúde bucal é pouco. A odontologia do esporte pode interferir positivamente na preparação física, psicológica e nutritiva e na recuperação de lesões musculares. É de suma importância que dentistas integrem o time de especialistas no acompanhamento dos atletas”, explica o superintendente Técnico de Odonto da SulAmérica, Rodnei Yogui.

Segundo o Técnico, um cuidado que precisa estar no topo da lista de cuidados com a saúde bucal é uma higienização adequada. Um forte aliado no tratamento de complicações, como a respiração bucal e a má oclusão dentária é o aparelho ortodôntico. Em casos mais sérios, pode ser recomendado a realização de  cirurgias reparadoras, como a ortognática, para alterar a forma dos ossos do rosto, ou também solicitar apoio multidisciplinar, como de um otorrinolaringologista.

A seguir, uma  lista com 7 complicações bucais comuns no mundo do futebol:

1- Respiração bucal

Algumas das funções realizadas pelo nariz são: filtrar, umedecer e aquecer o ar, tornando o mesmo mais adequado à passagem pela laringe, traquéia e pulmões. Contudo, alguns jogadores que têm o hábito de respirar pela boca,o que diminui em cerca de 22% o seu rendimento, e acabam ficando expostos a infecções, como faringites e amigdalites. Além de ressecar as mucosas, causando irritações, alguns podem ter noites mal dormidas e perda de paladar.

2- Má oclusão dentária
A oclusão é o encaixe dos dentes superiores com os inferiores no ato de fechar a boca. Em situação normal, o arco dentário superior deve cobrir parcialmente o arco inferior. Mudanças nesse mecanismo podem causar dores de cabeça e zumbido nos ouvidos, comprometendo o desempenho dos jogadores nos treinos ou em campo. A má oclusão dentária pode levar ao desgaste dos dentes, presença frequente de cáries, dificuldade para mastigar, problemas na articulação da mandíbula e, em situações mais graves, desvios na coluna e má postura.
3- Traumas bucais
Os traumas orofaciais ou dentários são mais comuns em esportes de contato, o que é o caso do futebol. O risco de fraturas é 10% maior entre esses atletas, de acordo com especialistas. Além disso, o apertamento contínuo dos dentes nos momentos de explosão muscular pode provocar um traumatismo funcional. Em algumas situações, a utilização de um dispositivo de proteção bucal durante a prática esportiva é essencial.
4- Doenças periodontais
Podem ser definidas como inflamações nas gengivas e podem ser classificadas em três estágios: gengivite, periodontite e periodontite avançada. Doenças periodontais nem sempre apresentam dor, por essa razão, é importante estar sempre atento a sintomas como gengiva inchada, vermelha ou dolorida e que, muitas vezes, sangram durante a escovação. Por serem focos infecciosos, podem resultar na queda de até 17% no condicionamento físico, além de aumentar o risco para algumas doenças coronarianas, como a endocardite bacteriana.
5- Ausências dentárias
Para atletas, manter uma alimentação saudável e equilibrada de fundamental para a conquista de um bom rendimento . Ausência de dentes pode comprometer o processo de mastigação e trituração dos alimentos, o que prejudica o máximo aproveitamento do processo nutricional, resultando em quantidade insuficiente de energia e até fadigas precoces da musculatura esquelética.
6- Consumo de isotônicos
Mesmo sendo popular na dieta dos jogadores, o consumo de isotônicos deve ser moderado. A bebida possui alto índice de açucares, que contribui com a proliferação de placa bacteriana, o que causa doenças odontológicas como cáries e gengivites.
7- Dentes do siso
Em esportes de contato, a presença do terceiro molar, o siso, incluso na cavidade oral, pode representar um perigo, com risco de fratura mandibular. Se mal posicionado ou em processo de erupção, o siso pode aumentar o risco de infecções bucais, como a pericoronarite, uma inflamação nos tecidos moles ao redor da coroa de um dente parcialmente erupcionado.
Você sabia?
– A primeira vez em que um cirurgião-dentista brasileiro acompanhou uma Copa do Mundo de Futebol foi em 1958. O Dr. Mário Trigo acompanhou a seleção durante a competição e repetiu o trabalho nas Copas de 62, 66 e 70;
– No fim do século XX, muitos jogadores começaram a usar protetores bucais durante as partidas para prevenir as consequências de boladas e encontrões;
– No Japão, a Odontologia do Esporte já é prática comum há mais de 20 anos.
A SulAmérica disponibiliza conteúdos sobre temas relacionado a saúde e bem-estar por meio do site do Programa Saúde Ativa (www.sulamerica.com.br/saudeativa), que tem o objetivo de incentivar a adoção de hábitos de vida mais saudáveis, prevenindo doenças e proporcionando uma melhor qualidade de vida.

 

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