O presidente do Sincor-GO, deputado Lucas Vergilio, encaminhou nesta segunda-feira carta aos clubes de futebol Goiânia Esporte Clube e Goianésia e também à Federação Goiana de Futebol manifestando a preocupação e perplexidade do sindicato com o fato de associações de proteção veicular patrocinarem os clubes e os uniformes da arbitragem goiana.
Na semana passada, Lucas Vergilio divulgou vídeo em que repudia a ação do dito Sindicato das Empresas de Proteção Veicular, que processou a corretora de seguros Sheyla Márcia Gonçalves Nunes, de Niterói (RJ), por danos morais, em razão de a profissional ter enviado uma nota ao presidente do Vasco da Gama manifestando seu repúdio ao fato de o clube ter aceitado patrocínio de uma associação de proteção veicular.
Veja o tero da Carta enciada à Presidência da Federação Goiana de Futebol:
O Sindicato dos Corretores e das Empresas Corretoras de Seguros, Capitalização e Previdência Privada do Estado de Goiás (SINCOR-GO) manifesta sua preocupação à Federação Goiana de Futebol por permitir que os uniformes da arbitragem goiana mantenham marcas de associação de proteção veicular. Acreditamos que uma federação que representa todas as agremiações do estado — e que abarca tamanha responsabilidade — não deveria associar seu prestígio e credibilidade a empresas/associações cuja procedência está em total desacordo com o que determinam os órgãos públicos e de fiscalização do mercado e de defesa do consumidor.
O SINCOR-GO esclarece à diretoria desta Federação que tais associações agem irregularmente no mercado, pois as mesmas não têm regulamentação, atuam sem provimento técnico ou cálculo atuarial e não dão garantia aos consumidores nem pagam impostos.
Esta entidade, que zela pelos direitos dos corretores de seguros, que agem de acordo com a legislação e princípios éticos é, como todos os SINCORs do País, vigilante quanto ao mercado marginal. Não podemos nos abster de nosso dever e lembramos à diretoria da Federação que, ao aceitar o patrocínio das referidas associações de proteção veicular, acaba por contribuir para a desinformação do consumidor.
Milhares de consumidores são frequentemente lesados, em Goiás e em todo o país, por organizações irregulares, as chamadas associações de proteção veicular, que vendem seus produtos e serviços como se estes fossem apólices de seguro. Apenas as apólices de seguros oferecidas por seguradoras e intermediadas por corretores de seguros são regularizadas e supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), autarquia da Administração Pública Indireta Federal brasileira, com sede no Rio de Janeiro, responsável pela autorização, controle e fiscalização dos mercados de seguros, previdência complementar aberta, capitalização e resseguros no Brasil.
Esperamos que esta federação, que tão bem tem representado o futebol goiano, tome as providências necessárias à correção desse lamentável episódio.
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