Reportagem publicada pelo portal G1 revela que os idosos eram as vítimas principais de uma quadrilha que criava associações de fachada e entrava em contato com funcionários públicos aposentados para oferecer seguros de vida. “No meio da papelada para a contratação desses planos de seguros, as vítimas acabavam assinando autorização de desconto em folha”, afirma a delegada Sandra Gomes, da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam I).
Segundo a policial, esses valores eram descontados automaticamente dos contracheques, sem que houvesse nenhuma contratação de seguro de fato.
A polícia cumpriu 25 mandados de busca e apreensão, além de nove de prisão e sequestros de bens em Brasília, Goiás, Minas Gerais e Paraná.
Ao todo, oito suspeitos foram detidos. Entre eles, um funcionário do Banco do Brasil e outro da Secretaria de Saúde do DF.
Os valores apurados com os golpes eram transferidos para as associações fraudulentas e apropriados indevidamente pela organização criminosa.
Ainda não se sabe o total de vítimas desse golpe. Contudo, a delegada Sandra Gomes afirma que somente no Distrito Federal, são mais de 100 vítimas. “Com o material que apreendemos hoje, também é possível que cheguemos a outras pessoas que ainda nem sabem que foram enganadas”, assegura a policial.
Essa ação policial é um desdobramento da Operação Strike I, realizada em 2018, que teve como vítimas, em sua maioria, mulheres aposentadas. Na ocasião, foram apreendidos documentos que apontavam, segundo a polícia, a “diversificação da organização criminosa” na prática de estelionatos contra aposentados.
Essa foi a maior operação que a Delegacia Especial de Atendimento a Mulher já realizou no DF.
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