Assaltos a carros e motos é 30% maior do que em 2013, segundo a PM.
Mensalidade foi aumentada de 15% a 20%.
Motoristas de Uberlândia sofrem as consequências do aumento no número de roubos de motocicletas e carros na cidade. O alto índice desse tipo de delito na região, conforme justificativa das seguradoras, causou o aumento de 15% a 20% dos preço de seguros.
A explicação para a elevação da taxa em Uberlândia está baseada nos dados da Polícia Militar (PM), que apontam aumento de 30% no índice de assaltos de carros e motos nos quatro primeiros meses deste ano. Os bairros Aparecida, Cazeca, Lídice e Santa Mônica foram os que registraram maior incidência desse tipo de crime e, consequentemente, os condutores que moram nestes locais vão ter um reajuste maior nas apólices.
Para o corretor de seguro Mozart Martins, os motoristas dessas regiões pagaram mais caro no seguro em 2014, mas a cidade toda sofre com as consequências dos crimes. “Uberlândia enfrenta um onda de roubos atualmente. Nós registrávamos um a dois roubos por mês; hoje esse número chega a cinco”, comenta. Ainda segundo Mozart, uma melhor educação no trânsito e mais cautela dos condutores podem contribuir para a redução do valor do seguro.
A oficial de apoio Ludmilla Rodrigues tem carro há cinco anos. Ela pensou em não renovar o seguro do veículo, mas desistiu da ideia ao precisar do serviço depois de um acidente. “A gente nunca sabe quando vai precisar, e nem se o fato de estarmos certos em um eventual acidente vá garantir o ressarcimento do valor gasto”, afirma.
Ludmilla conta que pesquisou muito antes de concordar em pagar R$ 1.200 de seguro. Ela pagou um valor aproximado ao ano passado, mas perdeu algumas regalias. “Se eu tivesse mantido o seguro nos exatos termos de 2013, teria um acréscimo de 20% no valor. Optei por fazer algumas alterações e consegui manter o preço, só que com cobertura e valor de franquia diferenciada”, conta.
Para o corretor de seguro Juliano Provaz os pequenos acidentes do dia a dia são os que mais influenciam no preço. “Motoristas que não dão seta, que não respeitam a parada obrigatória e falam ao celular enquanto dirige são algumas causas comuns de acidentes. As pessoas esquecem que precisam estar atentos no trânsito”, explica.