Notícias | 21 de fevereiro de 2020 | Fonte: Carolina Novaes - NG Expertise

Seguro D&O – De “Soft” pra “Hard” em 5 anos

Por Carolina Novaes – NG Expertise

A carteira de Seguro D&O no Brasil fechou o ano de 2019 com 136% de sinistralidade de acordo com dados da Susep. E não foi só por aqui que a sinistralidade aumentou! Um estudo recente publicado no “The D&O Diary” informou que 1 a cada 11 empresas estão sendo processadas ao redor do mundo.

O número de Reclamações anuais relacionadas a operações no Mercado de Capitais e envolvendo os respectivos órgãos reguladores (CVM e SEC) praticamente dobrou desde 2016. Toda essa sinistralidade não iria passar despercebida e o mercado começa a sentir o impacto nos preços, termos e na oferta de capacidade para o Seguro D&O.

Durante anos, os clientes brasileiros se beneficiaram da farta disponibilidade de capacidade no mercado local bem como taxas extremamente agressivas, devido a quantidade de players e capacidade disponível.

Mas isso começou a mudar SIGNIFICATIVAMENTE por alguns motivos:

1 – Operações como a Lava-Jato fizeram com que a sinistralidade local do Seguro D&O explodisse

2 – Reclamações relacionadas a Danos e Desastres Ambientais aumentaram significativamente

bem como os valores envolvidos na defesa dos executivos em processos criminais deste tipo

3 – Aumento significativo de reclamações relacionadas ao Mercado de Capitais, bem como, da

aplicação cada vez mais comum, de Termos de Compromisso pela CVM

Com tudo isso, o que temos visto na prática são seguradoras não renovando apólices, diminuição na oferta de capacidade e opções, bem como um reajuste significativo na taxa, principalmente em empresas com alta exposição regulatória e/ou ambiental. Ainda segundo o mesmo estudo, a previsão para os próximos anos é que o número de reclamações continue a aumentar, bem como as respectivas taxas. Portanto, podemos afirmar que, no que se refere a este Ramo, definitivamente passamos de um momento “Soft” de mercado, para um momento “Hard”. Além das já previstas reclamações no âmbito de mercado de capitais e ambientais, há de se comentar também que as reclamações relacionadas aos processos de Fusão & Aquisição, também aumentaram significativamente nos últimos anos e constam como uma das principais fontes de risco para o ano de 2020. No que se refere ao mercado local, as exposições trabalhista e tributária seguem sendo as principais preocupações dos administradores brasileiros. E ainda, há de se esperar mais algumas adaptações do produto local para cobrir novos riscos, como é o caso da exposição cibernética e da nova LGPD. Mas isso já é história para um outro artigo.

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