Notícias | 17 de agosto de 2022 | Fonte: Josusmar Sousa / MDRT

Seguro de vida finalmente na mira dos brasileiros

Temos agora uma chance única de mostrarmos a importância da proteção à renda

Josusmar Sousa é corretor de seguros, CEO da Mister Líber Corretora de Seguros, e presidente Brasil da MDRT (Million Dollar Round Table)

A situação desafiadora trazida pela pandemia influenciou e ainda vai influenciar muito a relação do consumidor com o seguro, especialmente o de vida. Uma pesquisa da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida – Fenaprevi – e do Instituto Datafolha, que coletou percepções de cerca de 2 mil pessoas em todo o País no fim de 2021, apontou que 45% dos brasileiros, ou seja, quase a metade da população, afirmou não se sentir preparado para enfrentar outras situações inesperadas como a pandemia. Entre os sentimentos surgidos a partir da crise sanitária, foram apontados o medo de deixar a família sem condições de se manter e o de não ter como pagar por tratamentos médicos. Os entrevistados ainda mostraram temor em não conseguir se sustentar por problemas de saúde ou perder o emprego.

O período transformador para todas as pessoas e indústrias trouxe aos consumidores a consciência de que as coberturas deste setor podem, além de proteger a si mesmos, se estender a familiares e proporcionar mais segurança para que possam aproveitar o que realmente importa. Também foi disseminado o conhecimento de que produtos de vida podem oferecer benefícios positivos que vão além do seguro e podem ser aproveitados no dia a dia, como assistências que podem ser utilizadas em vida, como os serviços de telemedicina, por exemplo.

As coberturas hoje proporcionadas contribuem para deixar as pessoas menos vulneráveis financeiramente em situações do cotidiano, como no caso de doenças graves ou perda de renda por desemprego involuntário, por exemplo. Portanto, uma das principais transformações recentes do seguro de vida diz respeito à mudança do conceito de proteção para o de prevenção, ou seja, para a contratação de coberturas que antecipam riscos e passam a ser parte integrante de um planejamento financeiro mais completo e consistente.

Com tudo isso, é natural que esse tipo de serviço passe a fazer parte do planejamento das pessoas daqui para frente. Esse entendimento impactou diretamente os números de contratação do seguro de vida. Segundo dados da Fenaprevi, o ano de 2021 registrou uma alta de 29% nos prêmios do seguro de vida individual, um crescimento recorde.

O último relatório da Fenaprevi, com base nos números da Susep, revela que somente nos primeiros cinco meses do ano foram desembolsados R$ 5,7 bilhões em sinistros referentes a seguros de pessoas. Segundo a entidade, um alto volume pago de benefícios, também superior aos níveis de 2019 (pré-pandemia). Já em prêmios, o mercado alcançou R$ 22,5 bilhões entre janeiro e maio de 2022.

A procura pelos ramos de Vida, contra Doenças Graves e o seguro Funeral continua avançando: 18%, 21% e 17%, respectivamente, quando comparada ao mesmo período de 2021. Mais de 181 mil sinistros, apenas por mortes decorrentes da Covid-19, foram acertados pelo setor, ou seja, cerca de R$ 6,7 bilhões pagos às vítimas e suas famílias de abril de 2020 até maio de 2022.

Apesar dos brasileiros seguirem cada vez mais conscientes da importância do seguro de vida, este ainda é um mercado com baixa penetração no país, o que significa que há grande espaço e potencial para crescimento. Uma reportagem da CNN aponta que apenas 15% da população brasileira conta com seguro de vida, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, essa porcentagem chega a 70%.

Mas temos agora uma chance única de mostrarmos a importância da proteção à renda e às vidas dentro de um projeto de educação financeira voltado às pessoas. O trabalho de informar as pessoas sobre como esse tipo de seguro é fundamental deve se manter de forma perene nos próximos anos, para que a população que já está mais consciente sobre a importância do seguro de vida possa conhecer ainda mais sobre os produtos e fazer a melhor escolha para suas necessidades.

Devemos continuar trabalhando na criação de uma cultura de prevenção e cuidado contínuo. Para isso, é importante valorizar o corretor, que hoje deixou de ser um vendedor de seguros para se tornar um consultor especializado em benefícios. Vamos atuar em parceria com as seguradoras para oferecer produtos e ferramentas que se adequem ao que cada cliente precisa, para que eles sintam que as opções foram feitas para eles. Cada pessoa tem seu jeito único de viver, suas necessidades e preocupações, por isso compreendemos que não são as pessoas que precisam se adaptar às condições do seguro, e sim o seguro que precisa se adequar às necessidades das pessoas.

Essa personalização, combinada com uma forte presença no digital, que vem ganhando cada vez mais popularidade entre os consumidores, irá nos ajudar no trabalho de fomentar o ramo de vida no pós-pandemia.

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