Notícias | 9 de agosto de 2018 | Fonte: Revista Cobertura

Seguro de vida ainda é pouco explorado pelo setor esportivo no Brasil

Benefício é mais comum entre atletas do futebol do que nas demais modalidades desportivas


O esporte é uma paixão acentuada entre os brasileiros. Futebol, lutas, natação, vôlei, basquete, ginástica, entre outras modalidades, reúnem milhões de atletas que, motivados por um sonho, se empenham em tornar-se profissionais. Estes atletas, tão queridos, além de levar alegria a muitos brasileiros, também estão propícios a riscos, de enfrentar apuros financeiros (por uma crise em sua equipe) ou até de encerrar a modalidade por alguma lesão grave ou acidente, que os afaste de suas atividades profissionais, temporariamente ou permanentemente.


Para minimizar estes riscos, foi criada a Lei 9.615/98, mais conhecida como a Lei Pelé, que regulamenta a prática do desporto no Brasil. O artigo 45 da lei, determina que entidades de prática desportiva são obrigadas a contratar seguro de acidentes de trabalho para os atletas profissionais a ela vinculados, com o objetivo de cobrir os imprevistos a que eles estão sujeitos.

O texto diz ainda que “o desporto, como direito individual, tenha como base os princípios: da segurança, propiciado ao praticante de qualquer modalidade desportiva, quanto à sua integridade física, mental ou sensorial; da autonomia, definido pela faculdade e liberdade de pessoas físicas e jurídicas organizarem-se para a prática desportiva; da democratização, garantido em condições de acesso às atividades desportivas sem quaisquer distinções ou formas de discriminação; entre outros”.

Embora seja obrigatória, a lei, muitas vezes, é pouco explorada no meio esportivo por diversas razões. “O seguro desportivo é mais utilizado no futebol e nos grandes clubes devido à visibilidade que a modalidade representa. Como alguns atletas ganham pouco, embora o risco de acidentes seja comum para ambos, essa preocupação, acaba ficando de lado, seja por parte dos próprios atletas, ou dos clubes”, explica o sócio da Fly Martins –corretora franqueada da Prudential do Brasil que atua no ramo de seguros de vida -, Raphael Martins.

As pernas do português Cristiano Ronaldo, escolhido pela Fifa como o melhor jogador do mundo, por exemplo, estão protegidas por um acordo milionário. O contrato feito pelo Real Madrid, ex-clube do atleta, estipulava uma multa de 103 milhões de euros em caso de lesão grave, o equivalente a cerca de R$ 449 milhões. Foi o mesmo valor investido na reforma da Arena da Baixada, em Curitiba, para receber a Copa de 2014. E mais que o dobro do valor estipulado pelo Barcelona para cobrir o argentino Lionel Messi, que conta com um seguro de 51 milhões de euros. As informações foram reveladas em um estudo feito pelo site espanhol Acierto, especializado na comparação todos os tipos de seguros.

Benefícios do seguro de vida para os atletas

O seguro de vida traz inúmeros benefícios para os atletas. Juntamente com o sucesso na profissão, vem os altos salário, bônus por desempenho de campeonato, receitas de publicidade, entre outros. Raphael Martins explica que é nesta hora que o esportista necessita de um bom planejamento financeiro. “O material de trabalho do atleta é o próprio corpo, e, como nosso físico tem limites, a carreira destes profissionais é muito curta. O seguro de vida é de extrema importância, pois auxilia no planejamento financeiro, sendo uma proteção para o início e fim da carreira”, avalia.

Este serviço também é importante para proteger a família destes atletas “Caso ocorra imprevistos no meio da carreira, o seguro de vida auxilia na manutenção do padrão de vida destes profissionais e de seus dependentes”, destaca o consultor.

Raphael Martins explica que “quando falamos em seguro de vida pensando na proteção familiar, o foco tem que estar na garantia de estabilidade financeira caso o provedor ou provedora da renda familiar, vier a faltar. Essa falta não ocorre somente com sua morte, mas também em outras situações como acidentes ou doenças graves que possam o impossibilitar de continuar trabalhando e limitam sua renda. A precaução mais sensata para isso é colocar essa responsabilidade em uma apólice de seguro.”

Seguro de vida no futebol

O setor de seguros também entra cada vez mais em campo no Brasil. Uma empresa subsidiária da Prudential do Brasil, por exemplo, administra um contrato firmado com a CBF. O acordo prevê a coberturas para cerca de 12 mil atletas com contratos ativos vinculados à entidade máxima do futebol no país. A apólice garante aos beneficiários cobertura por morte ou invalidez.

A Prudential também mantém seguros individuais com atletas brasileiros de outras modalidades. Segundo a empresa, a cada três profissionais de alta performance segurados por ela, dois são jogadores de futebol. O número é significativo, já que a empresa possui 366 atletas na sua carteira de clientes.

Entre estes profissionais, 47 atletas atuam em clubes do exterior e 82 estão em equipes da série A do Campeonato Brasileiro. Cerca de 70 dos clientes da Prudential atuam nas séries B, C e D do Brasileirão. E outros 33 profissionais da bola estão desempregados.

Carlos Guerra, vice-presidente de Vida em Grupo da Prudential do Brasil, reforça a importância desse tipo de seguro para jogadores de futebol. “Os atletas se arriscam e trabalham os limites do corpo com o objetivo de vencer e desafiar recordes, além de terem uma carreira geralmente mais curta”, argumenta

 

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