Notícias | 24 de junho de 2004 | Fonte: Gazeta Mercantil

Seguro de crédito à exportação tem mais concorrentes

A história do seguro de crédito à exportação no Brasil deverá tomar novo rumo. O ritmo crescente das exportações despertou o interesse de grandes seguradoras. Até o ano passado, os exportadores tinham apenas uma opção – a Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação (SBCE). Agora contam com mais duas: a Euler Hermes e a Seguradora de Crédito Brasileira (Secreb), ávidas para conquistar um mercado que tem grande potencial.

O volume de importâncias seguradas no Brasil, no ano passado, foi estimado em US$ 448 milhões, o que gerou um faturamento (em prêmios) de US$ 4,1 milhões. Das exportações anuais brasileiras, hoje em torno de US$ 80 bilhões, só 0,5% contam atualmente com seguro de crédito. Nos países desenvolvidos, o percentual chega a 15%. Há, portanto, um imenso território ainda a conquistar.

Segundo Maria Gabriela Duva, diretora do Verga Group, que há mais de 30 anos opera em gestão de comércio exterior, o seguro custa caro no Brasil. “Mas agora, com novos concorrentes, poderemos ter taxas melhores”, diz. Até 2003, atuava no ramo apenas a SBCE, resultado de uma parceria entre a francesa Coface (majoritária), uma das maiores do mundo no segmento, e Bradesco, SulAmérica, Unibanco-AIG, Minas Brasil, além do BNDES e do Banco do Brasil.

Essa concentração de mercado mudou. Duas novas especialistas internacionais vieram com força e têm encontrado um ambiente muito favorável. “Começamos a operar este ano e, depois do Carnaval, o crescimento mensal tem sido de 100%”, diz Marc Cambourakis, presidente da subsidiária brasileira da franco-alemã Euler Hermes, ligada ao grupo alemão Allianz. A Secreb, que começou a operar em maio, tem como acionistas a Companhia Espanhola de Seguro de Credito à Exportação (Cesce), a Munich Re, maior resseguradora do mundo, o Banco Santander e o Bilbao Vizcaya. Todos eles são sócios da Bradesco Seguros na Áurea Seguradora.

Werner Sonksen, presidente da Secreb, está surpreso com a acolhida que recebeu dos exportadores brasileiros, que pedem produtos acessíveis e interessantes. A expectativa é de que as operações cresçam à medida que os custos se reduzirem.

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