Notícias | 15 de julho de 2020 | Fonte: CQCS

Seguro: Brasileiro não tem consciência sobre a responsabilidade em relação ao dano que causa a outros

Gustavo Doria Filho, fundador do CQCS, provocou uma reflexão sobre a obrigatoriedade do seguro de responsabilidade civil no seguro auto no programa “Pare e pense” dessa última terça-feira, dia 14.

Ele disse que são vários os motivos entre eles o fato do Brasil ter um sistema judiciário moroso e, também, o fato de o brasileiro não ter consciência sobre a responsabilidade em relação ao dano que causa a outros. “Como alguém é capaz de pilotar uma máquina capaz de matar de destruir patrimônio e não garantir às vítimas adequada proteção?”, questionou.

O executivo ainda lembrou que o Brasil tem o DPVAT. “Não temos um seguro de RC obrigatório e o DPVAT veio para nutrir isso. Ele precisa de uma cobertura complementar”, opinou.

Doria contou que ficou nos EUA e comprou um carro e só pôde tirar o carro da loja ao provar que tinha um seguro de RC. “No Brasil temos um problema maior porque os carros andam em condições nem sempre adequadas”, ressaltou.

Ele lembrou ainda que o índice de carros mais velhos com seguro é pequeno. “O DPVAT está aí para suprir isso no caso do dano pessoal mas não tem limitação. Não temos um RCF obrigatório no modelo internacional”, pontuou.

Doria disse que o sonho dos sonhos seria ter a obrigatoriedade para todos os donos de veículos “porque o DPVAT cumpre uma função social de garantir a inclusão para que os cidadãos possam estar protegidos se o dono do carro pagou seguro ou não”, explicou.

Para ele, a única maneira de acabar com o DPVAT seria fazer um seguro obrigatório para todos os carros que fossem registrados. “Você acha que todos os carros vão ser licenciados?”, questionou. E continuou: “Não temos uma apólice de RC obrigatória, mas temos a maior apólice de seguros do planeta. Temos que zelar pelo DPVAT que é um RC obrigatório que não é cobrado por todos os veículos que, para nós do mercado de seguros, é difícil de entender, porém a Seguradora Líder, através do DPVAT tem conseguido suprir essa deficiência”, disse.

Por isso, Doria defendeu que enquanto o país tiver essa situação de inúmeros carros irregulares circulando pelo Brasil, não pode  acabar o DPVAT. “É única e última instância para repor perdas mesmo por importâncias seguradas limitadas, mas são as possíveis para que todos os brasileiros que estão andando pelas ruas tenham suas vidas protegidas”, analisou.

Para ele, o DPVAT deixa um vácuo por isso vale a reflexão de que o RC não pode ser obrigatório só para o dano pessoal. “O dano material existe. Temos que buscar reflexão de qual seria o modelo que adequaria a nossas peculiaridades? Como poderíamos fazer alguma coisa para incluir o dano material no próprio DPVAT? Ou o DPVAT deveria ser repensado?”, questionou.

O fundador do CQCS disse que houve limitações recentes que acabaram inviabilizando iniciativas relevantes. Ele lembrou, por exemplo, que o até pouco tempo os sindicatos dos corretores e os próprios corretores podiam atender o seguro DPVAT. “Agora temos um cenário diferente. A Seguradora Líder  é importante e fundamental para garantir ao cidadão brasileiro, principalmente os mais humildes, que são os que mais sofrem em um momento de perda”, ressaltou.

Doria encerrou o programa convocando a necessidade de repensar a partir da experiência da Seguradora Líder. “Podemos fazer um redesenho e, talvez, sugerir aos legisladores que se crie um sistema que se proteja mais e melhor o cidadão”, afirmou.

FAÇA UM COMENTÁRIO

Esta é uma área exclusiva para membros da comunidade

Faça login para interagir ou crie agora sua conta e faça parte.

FAÇA PARTE AGORA FAZER LOGIN