Notícias | 19 de dezembro de 2005 | Fonte: DCI

Seguro amplia plano de certificação digital

O mercado de seguros, que movimenta R$ 250 bilhões por ano no País, está na corrida para implementação de novas tecnologias como a certificação digital para evitar as crescentes fraudes que ocorrem no setor e chegam a representar 15% dos sinistros totais pagos — ou cerca de R$ 3 bilhões por ano, segundo dados da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg). E esse processo pode ser impulsionado ainda mais com a aprovação, na última quinta-feira, do projeto que torna imprescindível o uso da Certificação Digital nos processos de portabilidade para os planos de previdência privada aberta, a partir de 1º trimestre de 2006. A portabilidade irá criar a possibilidade do participante transferir a reserva principal dos benefícios do plano de previdência para outra modalidade de fundo previdenciário sem o recolhimento de impostos. `O processo vai trazer mais transparência para o setor. As entidades estão buscando subsídios para melhorar a credibilidade do sistema e se inserir na questão da governança corporativa`, afirmou Luis Eduardo Maida, presidente do Conselho de Tecnologia da Anapp e membro do Comitê de Certifiação Digital da Fenaseg. O acordo faz parte de uma longa discussão em torno do assunto e foi estabelecido entre a Associação Nacional de Seguros Privados (Anapp), a Fenaseg e outras entidades do setor. Além disso, segundo Maida, o uso dessa nova tecnologia vai agilizar o processo de transferência do montante principal, que por lei é de quatro dias, além de baratear a operação, que agora pode ser realizada toda pelo sistema digital. O mercado de previdência privada aberta deve fechar o ano com R$ 82 bilhões em recursos administrados. O processo de certificação digital consiste em um conjunto de técnicas que propiciam mais segurança às comunicações e transações eletrônicas, permitindo também a guarda segura de documentos. Também é possível saber, com certeza, quem foi o autor de uma transação. Para o gerente de e-business da Icatu Hartford , Luis Eduardo Maida, o mercado da certificação digital é importante, além da redução das fraudes, para agilizar as transações da seguradora, melhorar a prestação de serviços e diminuir o custo operacional. Contudo, a seguradora já oferece, desde julho deste ano, serviços no site que podem ser utilizados com a nova tecnologia. O Grupo Mapfre irá desenvolver seu sistema a fim de utilizar a certificação digital já no ano que vem. A Bradesco Seguros espera para o ano que vem implementar o sistema para a utilização no ramo auto. `Escolhemos a área de automóveis para piloto, pois justamente é a que tem um processo moroso e clientes exigentes`, afirma o superintendente executivo de desenvolvimento em tecnologia de auto e ramos elementares, Nelson Meiga, complementando que o interesse da seguradora Bradesco em aderir ao processo é pela segurança, melhoria do processo, e para eliminar os trâmites em papel. Já a Indiana Seguros , de menor porte, é a única seguradora até agora que tem todo o processo desenvolvido para o uso de certificação digital em seus negócios. Segundo o superintendente de informática da empresa, Reinaldo D’errico, para a Indiana foi interessante sair à frente e implementar a tecnologia porque o processo de vendas de seguros — emissão, impressão e venda — é todo feito pelo corretor nos pontos-de-venda. Segundo D’errico, este foi um ano de aprendizado, maturação e expansão para outros serviços. `Temos a certificação há um ano no segmento Auto. Incluímos este ano o empresarial, residencial e o de condomínio. A partir do primeiro trimestre de 2006, vamos atuar com Vida e Educação`, afirmou. A expectativa da empresa é aumentar a massa de corretores entre 15% e 20% com esse novo processo para 2006.

FAÇA UM COMENTÁRIO

Esta é uma área exclusiva para membros da comunidade

Faça login para interagir ou crie agora sua conta e faça parte.

FAÇA PARTE AGORA FAZER LOGIN