As seguradoras venderam R$ 11,6 bilhões no primeiro quadrimestre deste ano, alta nominal de 29,3% em relação ao mesmo período anterior, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) divulgados ontem e consolidados pela Itaú Seguros. Os números não consideram os valores de seguro-saúde, segmento atualmente sob a tutela da Agência Nacional de Saúde (ANS).
O Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) registrou prêmios de R$ 3 bilhões no período analisado. No entanto, por ser um produto de acumulação de renda, as empresas têm computado o faturamento com o produto no segmento de previdência privada complementar, apesar de estar estatisticamente ligado ao seguro de vida. Por ser um produto onde as seguradoras ligadas a bancos lideram as vendas, a tendência tem sido excluir o VGBL do faturamento das seguradoras para ter uma base de evolução das vendas de seguro.
A Bradesco Seguros lidera em VGBL, com R$ 1,27 bilhão, seguida pela Itaú Seguros, com R$ 675 milhões e pela BrasilPrev, empresa do Banco do Brasil, do Principal Group e do Sebrae, com R$ 357 milhões. Sem o VGBL, o crescimento do setor passa de 29,3% para 11%, índice dentro das estimativas traçadas pelos executivos das principais companhias desde o início do ano, considerando-se as operações de seguros.
As vendas de seguro automóvel somaram R$ 3,1 bilhões, alta de 11% em relação ao primeiro quadrimestre de 2003. A Porto Seguro Seguros lidera o ranking de produção, com alta de 16,2% no volume de prêmios, para R$ 511 milhões nos períodos analisados, o que lhe dá 16,3% das vendas totais do ramo.
A SulAmérica Seguros, associada ao grupo holandês ING, detém a segunda colocação em seguro automóvel, com R$ 486 milhões, alta de 23% em relação ao primeiro quadrimestre de 2003. A Bradesco vem em terceiro lugar, com R$ 478 milhões, alta de 4%. O segmento de seguro de vida tradicional e de acidentes pessoais registrou prêmios de R$ 2,1 bilhões no primeiro quadrimestre, alta de 13,8%. A Bradesco lidera as vendas com R$ 380 milhões em prêmios, seguida pela Aliança do Brasil, uma das empresas que compõem a marca BB Seguros, com R$ 207 milhões, e pela Itaú, com R$ 170 milhões.
A carteira de seguros patrimoniais, que engloba apólices de bens de empresas, residências e condomínios, movimentou prêmios de R$ 1,2 bilhão, evolução de apenas 1,6% nos períodos analisados em razão de um forte recuo no volume de prêmios da Unibanco-AIG Seguros, a líder nesse segmento. Ela registrou prêmios de R$ 162 milhões, queda de quase 30% em relação ao mesmo período anterior. A Bradesco vem em segundo lugar, com prêmios de R$ 159 milhões, também com um recuo de 1,9% no comparativo dos quadrimestres. A Itaú vem em terceiro, com R$ 138 milhões, alta de R$ 5,6%. O maior índice de crescimento nesse ramo entre as dez maiores companhias foi registrado pela BB Seguros, com alta de 170%, para R$ 55 milhões. A Mapfre Seguros registrou o segundo melhor crescimento, de 41,8%, para R$ 44,8 milhões.