Notícias | 2 de dezembro de 2003 | Fonte: Valor Econômico

Seguradoras: sistema de rastreamento é o grande parceiro

Para as seguradoras, os sistemas eletrônicos de rastreamento dos veículos são mais do que simples equipamentos de segurança. São verdadeiros parceiros. Controlando os locais por onde o carro trafega e é estacionado, as companhias conseguem ter um perfil exato do risco a que se expõe o segurado. “Podendo dimensionar o risco adequadamente, a seguradora consegue dar um preço bem mais próximo da realidade”, afirma Ricardo Lachac, diretor operacional da Indiana Seguros.
Esse sistema de rastreamento, ou Big Brother, como chamam algumas seguradoras, ainda deve levar alguns anos para se concretizar. Já existe tecnologia para registrar, por exemplo, em que postos de gasolina da estrada o caminhão pára, quantos litros e a que horas abastece, mas ela ainda não está disseminada. O gerenciamento eletrônico do veículo poderá proporcionar, entre outras informações, o registro do número de horas em que o veículo é utilizado diariamente, a velocidade média em que o motorista dirige, a forma de aceleração, se o condutor coloca o cinto de segurança logo ao entrar no carro, entre outros detalhes que caracterizam o comportamento do segurado. “Mas isso é algo para se pensar no médio e longo prazos”, diz Lachac.
Segundo o diretor da Indiana, a invasão de privacidade que o monitoramento eletrônico provoca traz um benefício ao segurado: descontos no prêmio. Lachac argumenta que muitos clientes de empresas de rastreamento só contratam o serviço em razão do barateamento do seguro. É o caso do comerciante paulista Caio Said Tavares Chukr, de 26 anos. Ele contratou o serviço para a picape Silverado, da General Motors, há três anos. O motivo? Um desconto de 40% no prêmio. “Foi o meu corretor mesmo quem sugeriu”, conta Chukr, dono de uma loja de tintas em São Paulo.

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