Notícias | 6 de fevereiro de 2019 | Fonte: CQCS | Carla Boaventura com informações do DCI

Seguradoras projetam rever preço para setor de mineração

O DCI informa que após a tragédia ambiental que aconteceu no último dia 25, em Brumadinho, Minas Gerais, e com o aumento da demanda da procura por produtos que envolvam riscos ambientais, especialistas começam a projetar maior rigidez das seguradoras nos contratos.

As companhias de seguro devem tornar mais inflexíveis quanto a questão for análise de risco para o mercado de mineração, isso após o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG), que até agora resultou em 134 mortes. O acontecimento deve ser acompanhado de um reajuste nos preços

De acordo com o site, a projeção dos especialistas é de maior rigidez por parte das seguradoras nos contratos. De acordo com a Susep, Superintendência de Seguros Privados, os prêmios diretos da cobertura atingiram os R$ 9,852 milhões em dezembro. O volume é 30,5%, maior ante igual mês de 2017 (R$ 7,547 milhões). Em 2018, o montante total de prêmios diretos foi de R$ 81,262 milhões, alta de 20,4% na mesma comparação (R$ 67,487 milhões).

“Apesar de o mercado estar em um momento muito complicado, voltando de uma recessão econômica, a expectativa é de que tanto uma reprecificação como uma reavaliação de risco mais aprofundada, voltada para o mercado de mineração, aconteça no setor”, comenta o diretor da LTSeg Corretora, Caio Timbó.

Entre os critérios de reformulação de preços e da análise, o “norte” das mudanças se dará a partir dos riscos intangíveis e tangíveis e também através da possível revisão nos níveis de indenização aceito pela seguradora em caso de sinistro.

De acordo com o sócio da Kuntz Advocacia e Consultoria jurídica, Marco Antônio Alonso David, são processos “complexos”. “Diferente do seguro de vida, onde é possível fazer uma estimativa da indenização, o custo de recuperação ambiental é difícil. Geralmente são situações de grande monta e árdua reparação”, explica.

Para Caio, às mudanças no segmento não devem acontecer tão rapidamente, e sim a médio prazo. “Veremos mais fundos de investimentos e empresas impondo políticas mais restritas de seguros, como a obrigatoriedade na contratação em determinadas situações. Isso movimentará o setor positivamente”, completa.

Reembolsos

O DCI ainda afirma que os especialistas afirmam, sobre a tragédia em Brumadinho, que mesmo que o laudo sobre a segurança da barragem seja considerado válido e a indenização pelas seguradoras aconteça, o montante será suficiente para quitar os prováveis débitos da mineradora pode não ser suficiente para quitar os prováveis débitos da mineradora passou a ter após o incidente.

“Mesmo sem acesso à apólice, a quantia necessária deve ser gigantesca por conta de todos os danos. Mesmo com ressarcimento, dificilmente haverá a recomposição de todas as perdas”, diz Timbó, da LTSeg.

Vinicius Albernaz, presidente da Bradesco Seguros, seguradora que possui as apólices responsáveis pelo seguro de vida em grupo da Vale, afirmou na coletiva de resultados do banco que “os efeitos são imateriais do ponto de vista financeiro”.

“A extensão desse tipo de evento tende a ser mitigado pela estrutura do resseguro que existe em ocorrências dessa envergadura. O mais importante é atendimento mais rápido possível dos sinistros para todos os envolvidos”, disse.

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