Seguradoras pagaram R$ 50 milhões em sinistros decorrentes de chuvas de verão

As seguradoras pagaram cerca de R$ 50 milhões em sinistros decorrentes do período das chuvas de verão, entre dezembro de 2003 e fevereiro de 2004, volume 60% inferior ao registrado em mesmo período anterior, de R$ 79,1 milhões, segundo pesquisa inédita do Sindicato das Seguradoras do Estado de São Paulo (Sindsegsp). O ramo automóvel foi responsável por R$ 21,6 milhões em virtude de sinistros de veículos avariados por enchentes, além de R$ 2,5 milhões para os casos de perda total dos automóveis no período 2003/2004. O valor é inferior ao mesmo período anterior, quando deixaram os caixas das seguradoras R$ 33,2 milhões e R$ 13,5 milhões, respectivamente. Segundo Marcelo Blay, vice-presidente do Sindsegsp e também da Itaú Seguros, em São Paulo, por exemplo, que responde por algo em torno de 60% das vendas do setor, os sinistros de automóveis atingidos por enchentes foram responsáveis pelo pagamento de R$ 19 milhões por danos parciais e de R$ 9 milhões por perda total aos segurados. Este ano, os gastos caíram para R$ 12 milhões e R$ 1,9 milhão, respectivamente. Queda de raio e danos elétricos nas residências brasileiras, provocados pelas chuvas, também foram causa da maioria das indenizações feitas pelas seguradoras no período de águas. O pagamento por queda de raio, este ano, em domicílios foi de R$ 3,2 milhões, menos da metade do montante registrado no ano passado, de R$ 6,8 milhões. Danos elétricos, por sua vez, responderam por R$ 16,5 milhões, contra R$ 17,2 milhões no ano passado. Por outro lado, o volume de indenizações sobre incêndio provocado por queda de raio e danos elétricos em empresas e condomínios chegou a R$ 6,4 milhões, enquanto em 2003 a quantia paga foi de R$ 9,1 milhões. No período de seca, que corresponde ao inverno de 2003, os pagamentos por queda de raio foram de R$ 263 mil, enquanto os desembolsos por danos elétricos chegaram a R$ 3 milhões. No ramo Automóvel, o volume de sinistros em épocas de seca, provocados por enchentes, foi de R$ 3 milhões ? o desembolso por perda total dos autos foi de R$ 1,9 milhão. Ao mesmo tempo, foram pagos R$ 723 mil em indenizações para residências atingidas por queda de raio, além de R$ 5,9 milhões para as que sofreram danos elétricos em razão das chuvas do período. Vale lembrar, porém, que os valores deste ano podem ser ainda maiores, pois existe a possibilidade de ocorrência de sinistros ainda não reclamados.