Notícias | 16 de outubro de 2003 | Fonte: Valor Econômico

Seguradoras iniciam caça ao 13º salário com promoções

Muitas mudanças na área de previdência privada estão marcando 2003 até agora: o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) já vendeu mais que o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e um dos assuntos mais discutidos no País é reforma da Previdência que trará forte impacto para o setor. Mas as empresas garantem que o fim do ano – principalmente nos meses de novembro e dezembro – continuará sendo uma época de vendas intensas e de recebimento de aportes. O mercado está bastante otimista indica uma receita de 200% a 300% superiores ao mesmo período do ano passado.
A tradicional campanha de fim de ano das empresas de previdência, entretanto, terão que se esforçar para abocanhar parte do 13º salário dos trabalhadores. Em um ano em que já se vendeu 75% mais planos de aposentadoria que o ano anterior, pode haver dificuldades para conseguir com que as pessoas adquiram PGBLs.
Isso porque o benefício fiscal, ou seja, a possibilidade de abater do imposto de renda (IR) até 12% da renda bruta no ano nas contribuições feitas ao plano – que até hoje era o principal atrativo de venda no fim do ano para esse produto-, pode perder importância na captação de recursos. Por outro lado, o VGBL não conta com nenhum benefício fiscal e já é o produto mais vendido no mercado. O produto, portanto, pode tirar parte dos ganhos extra fruto das captações de fim de ano aumentado, dessa forma, a importância das campanhas de fim deste ano das seguradoras.
A Sul América vai dobrar os esforços na venda de fim de ano para aumentar suas vendas em patamares superiores a 200%, informa Renato Russo, vice-presidente de previdência e fundos da companhia. “Temos que ter agora duas frentes de trabalho: a do PGBL, que tem foco no benefício fiscal, e do VGBL, destacando a importância e as oportunidades de investir cedo em previdência privada”, afirma.
O encerramento do ano também será o mote para que os produtos de previdência aumentem de importância dentro da Mapfre Vera Cruz. “Estamos com uma campanha para elevar o nosso faturamento em 20%, mas queremos aumentar a importância dos produtos de previdência com incentivos à nossa rede de distribuição”, informa Fátima Lima, gerente de marketing da companhia.
Luiz Cláudio Friedheim, diretor executivo do grupo Icatu Hartford Seguros, também está esperando uma nova postura do mercado. Segundo ele, após toda essa discussão que o país vive por conta da reforma da previdência, as pessoas começaram a se preocupar mais e analisar as propostas de previdência privada. “Hoje em dia é muito comum vendermos planos para pessoas na faixa dos 25 anos ou para pais de recém-nascidos”, diz.
Esse novo perfil de poupador também começa a influenciar os meios de vendas dos planos de previdência. “Esperamos que nesse fim de ano já deveremos atingir 10% das nossas vendas seja pelo nosso portal na internet”, informa João Pedro Paro Neto, diretor de e-commerce da Real Seguros. Esse canal está muito ligado aos jovens. Para atingir essa meta, a Real Seguros reformou todo seu site no início de outubro, trazendo mais facilidades ao internauta. “Todos os serviços e informações sobre planos de previdência estão disponíveis. O site funciona como um verdadeiro home banking.”
Cláudia Weiner, gerente de marketing da Canada Life, também está confiante com o fim do ano. “Cerca de 37% de nossas vendas no período virão diretamente de nossa estratégia especial para o período”, afirma.
Autor: Henrique Gomes Batista

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