Notícias | 5 de fevereiro de 2019 | Fonte: CQCS | Carla Boaventura

Seguradora pode ficar com contratos de seguros da Caixa

Segundo matéria publicada no Valor Econômico, a francesa CNP Assurances pode acabar ficando com todos os contratos para a distribuição de seguros na rede da Caixa Econômica Federal. Caso a situação se confirme, significará uma reviravolta no processo de reestruturação da Caixa Seguridade, o braço de seguros do banco que deve ser alvo de uma oferta pública inicial.

Ano passado a Caixa negociou renovação antecipada do contrato que tem com a CNP Assurances, o que não agradou a seguradora francesa. O acordo terminaria em 2021. Em agosto, saiu a nova versão da parceria, no valor de R$ 4,6 bilhões, válido até 2041.

De acordo com o site, apesar de ganhar mais tempo, a empresa perdeu algumas modalidades de seguros. O escopo de atuação da CNP foi reduzido apenas aos seguros de vida e prestamista e aos produtos de previdência, linhas que representam 60% dos prêmios da Caixa Seguridade. Antes, a seguradora francesa atendia todas as modalidades.

A ideia inicial da Caixa Seguridade era de oferecer os 40% restante a outras seguradoras, com a abertura de concorrências, para arrecadar mais recursos nas parcerias. Assim feito, faltava ainda escolher os parceiros para os seguros habitacional e consórcio; auto e ramos elementares; odontologia; e capitalização. No fim de 2018, 14 empresas tinham demonstrado interesse nos negócios.

Em uma entrevista ao Valor Econômico, Guimarães, que assumiu no início do ano, no entanto afirmou que estava revendo toda a reestruturação da Caixa Seguridade e o contrato firmado no ano passado com a CNP. Numa reunião entre os times da Caixa e da seguradora, afirmou-se que o banco pode ampliar novamente o escopo de atuação da francesa, sem fazer as demais concorrências.

“É possível que ele desista de fazer as concorrências e tente fechar os contratos das demais modalidades com a CNP”, afirmou uma fonte ao Valor. “Com isso, haveria renegociação do contrato para prever a inclusão de todos os outros ramos no negócio. Existe uma sinalização forte de que esse caminho pode ser adotado.”

De acordo com o Valor, a equipe de Guimarães afirmou que o custo e o tempo para realizar as concorrências são fatores que podem determinar a escolha por ampliar o contrato com a CNP em vez de lançar as novas concorrências. Guimarães afirmou, em um evento realizado na semana passada, que quer realizar os IPOs de quatro unidades de negócios – cartões, loterias, seguros e a gestora de recursos – até junho do ano que vem.

Além disso, um fato que obteve grande relevância foi uma nova entrante no negócio ter mais tempo para se adaptar e atingir um bom desempenho. De acordo com uma fonte do Valor, o mercado sempre desconfiou que a própria CNP poderia dar lances mais atrativos nas concorrências pelas outras áreas de seguros, uma vez que tem mais conhecimento do negócio. “Todo mundo que ia participar não estava com muitas expectativas de ganhar”.

O site afirma que Caixa Seguridade tem o posto de uma das maiores seguradoras do país, com uma expressiva participação de 10,2% no mercado. A subsidiária integral de seguros da Caixa foi criada em maio de 2015, para unificar todas as operações de seguros, capitalização, previdência, consórcio e corretagem do banco. De janeiro a setembro de 2018, a empresa registrou faturamento de R$ 1 bilhão em prêmios.

 

 

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Um comentário

  1. Flávio Antonio Mueller SUSEP 10.0404624

    10 de abril de 2019 às 17:53

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