Notícias | 3 de outubro de 2004 | Fonte: CQCS

Secretário do Ministério da Fazenda critica “alto custo da intermediação”

Alguns setores do Ministério da Fazenda não perdem uma oportunidade para questionar, em público, o que chamam de “custos elevados da intermediação no seguro”. Esse é o pensamento, por exemplo, do secretário de Política Econômica, Marcos Lisboa. Durante palestra no 2º Fórum Nacional de Vida e Previdência, que a Fenaseg e a Anapp estão realizando em São Paulo, ele chegou a citar a utilização de novos canais de venda como um dos desafios para o aumento da competitividade do setor, junto com a criação de novos produtos e a mudança na legislação.

Essa visão afeta diretamente o corretor de seguros, subliminarmente acusado, no discurso oficial, pelo encarecimento do seguro no país.

As estatísticas, contudo, vêm sinalizando exatamente o contrário. Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), nos oito primeiros meses deste ano, por exemplo, o volume destinado pelas seguradoras para cobrir gastos comerciais – basicamente, as comissões dos corretores – somou R$ 2,7 bilhões. Esse valor é 12,7% maior que o apurado no mesmo período em 2003. No entanto, o total de prêmios emitidos pelas seguradoras nesse mesmo período deu um salto de 24,5%, ou seja, o faturamento das empresas do setor está crescendo em ritmo bem mais acelerado do que o da remuneração do corretor.

Além disso, há de se considerar que o percentual médio de comissionamento vem caindo nas principais carteiras, em especial no ramo de veículos, o que gera, inclusive, ampla discussão sobre a necessidade de adoção de uma comissão referencial.

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