A recuperação do setor de saúde suplementar será lenta e gradual. A avaliação é da presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Solange Beatriz Palheiro Mendes, que aponta o aumento das taxas de desemprego como um dos principais fatores para o cenário instável no setor. “Em 2016, o Brasil fechou 1,32 milhão de empregos formais. Muitas dos desempregados perderam o plano de saúde corporativo e entraram na lista de pessoas que deixaram de ser assistidas por esse beneficio”, observa a executiva.
A FenaSaúde divulgou, nesta terça-feira (18/04) dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) segundo os quais os planos de saúde perderam, aproximadamente, um milhão de beneficiários entre março de 2016 e março de 2017. Há um ano, os planos privados de assistência médica somavam 48,6 milhões de beneficiários. Atualmente são 47,6 milhões.
O levantamento indica que a maior queda no numero de beneficiários no segmento de planos coletivos empresariais, de 32,2 milhões de vínculos em março de 2016 para os atuais 31,6 milhões.
A crise não atingiu, contudo, o segmento de planos odontológicos. Neste caso, o número de beneficiários cresceu 7,65%, entre os dois períodos comparados. Ao todo, 22,5 milhões de pessoas possuem plano odontológico no país.