Em entrevista ao CQCS, Carlos Valle, presidente do Sincor-PE e Dorival Alves, Vice-presidente da Fenacor falaram sobre os cuidados de adquirir uma Corretora.
Não é tarefa fácil adquirir uma corretora de seguros ou mesmo a carteira de clientes de uma corretora. Em um mercado com baixo número de aquisições, optar pelo caminho mais rápido pode não ser uma boa alternativa. Pelo menos é o que sustenta Carlos Valle, presidente do Sincor-PE e diretor da Valle Corretora, localizada em Recife.
“É muito delicado, porque é um mercado com poucas aquisições. Quando você compra uma corretora de seguros, você não está comprando uma carteira de clientes, e sim uma empresa que tem um programa, um mercado”, pondera o dirigente.
Na mesma linha, o advogado, corretor de seguros e Vice-presidente da Fenacor, Dorival Alves de Sousa, define a comercialização de uma carteira de seguros como “uma situação bastante delicada”.
“Primeiro é preciso existir confiança entre comprador e vendedor. Depois, é fundamental tentar descobrir o motivo que a pessoa está vendendo, se está saindo do mercado ou coisa parecida”, analisa.
Valle concorda e enfatiza: “A primeira coisa a fazer é realmente entender por que a pessoa está querendo vender. Sem dúvidas, é importante entender o seu objetivo ao comprar uma carteira de clientes ou mesmo uma corretora, e, claro, saber por que a pessoa está vendendo”, ensina.
O presidente do Sincor-PE lembra que, nestes cados, é preciso conhecer o perfil dos clientes da corretora, os segmentos em que a empresa atua e se é especializada em algum ramo.
“Outro ponto é descobrir se quem está vendendo quer continuar no setor ou não. Imagina se eu compro uma corretora de uma pessoa e ela continua trabalhando com seguro? O risco de eu perder os clientes é grande”, adverte.