Notícias | 23 de outubro de 2003 | Fonte: Gazeta Mercantil

Royal & Sunalliance foca atuação para área corporativa

O grupo inglês Royal & Sunalliance (R&SA) começa a se despedir da condição de seguradora generalista, direcionando seus negócios para os seguros corporativos. A alteração significa abrir mão de praticamente R$ 23 milhões em prêmios do seguro de automóvel de pessoa física até 2005. Essa carteira que teve participação de 45% na receita, deverá representar apenas 3%, ou seja, algo residual. Pelo novo foco, a seguradora passa a concentrar energia na linha de produtos empresariais para Transportes, Vida em Grupo (incluindo o educacional), de frota de empresas, Incêndio, Riscos de Engenharia, Responsabilidade Civil e Riscos Diversos. Com isso, a multinacional acompanha a tendência das seguradoras independentes, deixando de lado a feição de varejo, afirma o presidente da R&S, Thomas K. Batt.
A curto prazo, a guinada comercial vai afetar o faturamento deste ano – que cairá em torno de 10,5%, passando de R$ 176,9 milhões para R$ 160 milhões – mas garantirá a manutenção do resultado operacional positivo neste exercício, afirma ele. A reação mais expressiva será em 2004, quando alcançará R$ 178,5 milhões em prêmios arrecadados, uma alta de 11%. Para este ano, o lucro consolidado está estimado em R$ 12 milhões, acrescenta.
Segundo Batt, a nova estratégia comercial terá maior visibilidade dentro de três anos, tendo em vista que a multinacional planeja arrecadar R$ 256 milhões em 2006. Em 2005, seu faturamento totalizará R$ 214 milhões. A nova política comercial da R&SA deposita esperanças no desempenho do seguro de Transportes, encarregado de liderar o crescimento de prêmios no próximo ano (31%), seguido pelas apólices de frota de empresas (28%), RC (25%), Riscos de Engenharia (19%), Vida (15%). Em termos de market share, o de transporte vai responder por 40% da produção; o de property, 16%; e o de frota (21%), acredita Batt.
Na apólice de transporte nacional, a companhia é a sexta maior do ranking nos últimos doze meses encerrados em julho, com prêmios acumulados de R$ 17,2 milhões; sinistralidade, de 48,64%; e market share, de 5,64%. No transporte internacional, seu faturamento no mesmo período somou R$ 21,9 milhões; a sinistralidade, 28,75%; e a participação, 8,52%.
No mundo, a multinacional, que faturou US$ 13,8 bilhões em 2002, está presente em cerca de 40 países e encerrou o primeiro semestre deste ano com lucro líquido de US$ 500 milhões, 45,77% acima do mesmo período do exercício anterior, dada a manutenção de resultado operacional positivo.

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