Experiência no Zimbabwe alerta seguradoras e reguladores sobre riscos em potencia
À medida que o microsseguro destinado a populações carentes se difunde, crescem também seus riscos e desafios, havendo a necessidade, por parte dos gestores do setor, de equilibrar a necessidade de inovação com a de proteção dos consumidores.
Este é o tema de um dos textos de uma série denominada Enfoques Emergentes, publicada no site da Impact Insurance.
O texto, de título Novos modelos e novos riscos, aborda o caso da maior operadora de telefonia móvel do Zimbabwe, a Econet, que, em 2010, ofereceu a seus clientes um seguro no valor de 3 dólares, rapidamente conquistando 1,6 milhões de segurados.
Apesar de todo o sucesso, uma disputa entre a Econet e seu parceiro técnico, a TrustCo, obrigou a empresa a retirar a oferta do seguro, mas sem informar a mais da metade de seus clientes, gerando muita desconfiança e acusações de desonestidade. O impacto foi tão negativo que 63% dos antigos clientes recusaram-se a adquirir qualquer tipo de seguro semelhante daí pra frente, comprometendo seriamente o desenvolvimento do microsseguro no país africano.
Em resposta ao ocorrido, os órgãos reguladores propuseram algumas iniciativas, como a exigência de um tipo de “testamento em vida”, um conceito desenvolvido pelo setor bancário em resposta à crise financeira. As redes de telefonia móvel e seus parceiros deveriam garantir alternativas à cobertura, grátis ou paga, que seriam previamente aprovadas pelo regulador.
Os interessados em conhecer mais sobre esta e outras estratégias capazes de gerar valor para os clientes podem ler os outros textos publicados clicando aqui.
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