Notícias | 17 de janeiro de 2018 | Fonte: DCI

Retomada do País estimula seguro de crédito

Além da queda da inadimplência e da melhora na confiança, implementação da Basileia 3 pelos bancos e maior uso da apólice como garantia de empréstimos impulsionarão o produto em 2018

O seguro de crédito avançará cerca de 20% até 2019. Com queda de R$ 288 milhões nos sinistros já registrados até novembro de 2017, a queda da inadimplência e a crescente recuperação econômica, seguradoras devem aumentar apetite e baixar os preços.

Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), os prêmios diretos do penúltimo mês de 2017 foram 33,5% maiores do que o visto em igual mês de 2016 (de R$ 45,254 milhões para R$ 60,428 milhões).

De acordo com o CEO da CredRisk, Phillip Krinker, a melhora foi puxada pela necessidade de prevenção à calotes das empresas credoras.

“O mercado volta a crescer agora e deve mostrar reflexos positivos já em 2018. Mas a busca por carteiras saudáveis dentro das seguradoras ainda é uma realidade”, comenta.

Nessa linha, os sinistros foram de 130% para 62% e caíram mais de R$ 288 milhões no acumulado do ano passado até novembro com relação a igual intervalo de 2016, de mais de R$ 857,8 milhões para um total de R$ 569,7 milhões.

“Os limites foram bastante reduzidos na crise, quando a situação dos clientes havia piorado. Agora, com a queda da sinistralidade e a contínua demanda de empresariados, a tendência é de redução dos preços e um maior número de apólices”, pondera o CEO da Alfa Real, Edmur de Almeida.

Os especialistas reforçam ainda que, com o recuo gradativo da inadimplência e a melhora da atividade econômica, a expectativa é de crescimento.

“Nosso orçamento, por exemplo, é para crescer 15% neste ano e cerca de 20% em 2019. Estamos em um ano que já começou bem”, diz Krinker.

Desafios do mercado

O progresso, assim, viria tanto por parte dos clientes que contratam o produto pensando na proteção à inadimplência como por parte daqueles que utilizam a cobertura como garantia para empréstimos .

“É um processo ainda novo, mas a partir do momento em que os bancos veem uma carteira segurada por uma companhia com bom rating e liquidez, os descontos podem ser consideráveis e a negociação, mais fácil”, completa Almeida.

Outro ponto levantado pelo especialista é, também, os possíveis reflexos da implementação da Basileia 3, que exige uma maior reserva de capital para operações mais arriscadas, situação que seria amenizada com a cobertura.

“Isso, no entanto, ainda é uma tentativa da indústria de que o Banco Central reconheça como garantia real a existência desse seguro. É um desafio, mas tem forte potencial”, acrescenta o CEO da Alfa Real.

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