As seguradoras que operam na América Latina correm o risco de perder o apoio das resseguradoras globais se não melhorarem seu desempenho, afirmou George Constanty, diretor associado da resseguradora alemã Hannover Re, segundo o boletim `Conference Newsletters`, editado pela revista especializada em resseguro Reactions, durante a reunião da Fides que se realizou na semana passada na Venezuela.
Constanty disse que as seguradoras devem aceitar um preço realista e `técnico` ou não poderão obter a capacidade de resseguro de que precisam para expandir seus negócios. (1)
`A realidade é que há muito capital novo no setor de resseguro, mas se as resseguradoras acharem que não terão retorno sobre este capital, o colocarão na Ásia e não na América Latina`, afirmou.
`Na Hannover Re vemos um enorme potencial na AL, mas quando será que este potencial se concretizará?`
Falando a respeito de outros mercados sul-americanos, Constanty diz que o Brasil continua frustrando as resseguradoras: `O Brasil poderia ser um mercado fantástico, mas ainda está fechado às resseguradoras.
Poderá levar até cinco anos antes que o IRB Brasil Re perca seu monopólio, mas a Hannover Re continuará mantendo seus contatos com o mercado`.