Notícias | 22 de setembro de 2003 | Fonte: Jornal do Commercio

Renê Garcia prevê mercado com 15% do PIB em 5 anos

O titular da Susep, Renê Garcia, afirmou ontem que o setor de seguros pode aumentar sua participação no PIB brasileiro para 15% nos próximos cinco anos. Atualmente, o setor de seguros, previdência e capitalização responde por apenas cerca de 3% do PIB.
“O mercado de seguros tem enorme potencial. Se a reforma da Previdência for aprovada do jeito que está e os juros reais continuarem com a tendência de queda, vamos ter migração dos investimentos de curto prazo para longo prazo.
Os últimos números permitem projetar uma participação de 5% no PIB já ao longo do próximo ano, isso sem mexer nas alíquotas de imposto de renda”, disse Garcia, em almoço-palestra promovido pela Câmara de Comércio Americana (Amcham Brasil).
Em sua apresentação a empresários e profissionais do setor, Garcia defendeu a auto-regulação do setor para que se adapte ao um ambiente econômico estável. “O órgão regulador não deve ser neutro, mas sim escolher um lado preferencial, o do consumidor.
Queremos incentivar mecanismos que permitam a cooperação entre os agentes e reforçar o respeito ao consumidor, ao mercado e à integridade contábil”, assinalou.Garcia citou experiências de modelos de auto-regulação de sucesso, como o da Espanha e da Inglaterra, e afirmou que o Brasil deve construir o seu próprio modelo.
A criação de ouvidorias nas companhias para atender aos segurados também foi apontada como um dos fatores importantes na auto-regulação do mercado segurador.
Uma boa notícia durante o encontro veio do vice-presidente da Fenaseg, Luiz Tavares Pereira Filho, que informou que a instituição criou na última quarta-feira um grupo de trabalho para ajudar a organizar um código de ética para os profissionais de seguros.
“O código deve ter princípios gerais e recomendação de boas práticas para os diversos segmentos”, afirmou Pereira Filho, que prevê a conclusão do trabalho em até um ano.
A decisão da Fenaseg foi comemorada por Renê Garcia, que considerou o trabalho em um código de ética “um avanço e uma bela conquista”.

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