Notícias | 11 de outubro de 2018 | Fonte: CQCS | Carla Boaventura

A relação entre Planejamento Financeiro e Previdência Privada

Especialista sobre Previdência orienta sobre como programar gastos e investimentos

Optar por ter um planejamento financeiro permite que quem o escolheu tenha uma visão mais apurada da maneira mais fácil de alcançar metas e objetivos, que podem ser desde simples como a próxima viagem, passando pela aquisição da casa própria, até a independência financeira. É o primeiro e principal fato de quem quer ver o dinheiro render.

De acordo com Maristela Gorayb, diretora da MAPFRE Previdência e planejadora financeira CFP®, primeiro, é preciso estipular objetivos e prazos que terão a possibilidade de ser adiados ou não, a depender do fluxo de caixa. A próxima etapa é levantar dados de receitas e despesas, bens, condição tributária, dependentes etc.

“Assim é possível identificar oportunidades de melhoria no fluxo de caixa, para buscar superávit orçamentário, e levantar riscos financeiros que poderiam desestabilizar e até impedir a realização dos objetivos traçados. E, uma vez identificados os riscos, é possível mitigá-los usando apólices de seguro pessoal ou patrimonial”, explica a especialista.

Por fim, é possível estabelecer planos de ação para que as metas estabelecidas possam ser alcançadas, elas podem considerar mudanças nos hábitos de consumo e controles de gastos, entre outros. Há também que se definir as melhores classes de ativos para investimentos dos recursos financeiros, sempre de forma alinhada com o perfil do investidor, os prazos de cada objetivo e o cenário econômico.

“Em um momento inicial, a prioridade deve ser criar uma reserva de emergência capaz de cobrir, pelo menos, seis meses de despesas, podendo variar de acordo com a profissão, com um investimento em um fundo conservador e com liquidez. Isto resolvido, é importante que os dependentes estejam protegidos por uma apólice de seguro de vida com vigência até o final do prazo em que se estima esta necessidade e capital suficiente para cobrir as despesas durante todo este período de dependência financeira”, orienta Maristela.

E a previdência privada?

Resolvidas as primeiras questões, é chagada a hora de pensar em situações que podem surgir. Contar apenas com a aposentadoria paga pelo INSS fará com que a pessoa não tenha chance de realizar sonhos e alcançar projetos que dependem de investimentos. A reserva para a velhice deve estar separada das economias necessárias para outros projetos de médio prazo.

Maristela salienta que, quanto mais cedo for feita a reserva de aposentadoria, menor é o valor que será investido mensalmente. Com juros baixos e longevidade em alta, o tempo é fundamental para se alcançar a quantia necessária de forma viável para o orçamento de quem fez o investimento. “O valor separado para a previdência depende muito de caso a caso. Considera idade atual, data prevista para aposentadoria, valor da reserva necessária, e disponibilidade financeira, além dos juros estimados.”

Como escolher a melhor previdência privada?

Logo a princípio é preciso escolher entre o PGBL – melhor opção para quem opta pelo modelo completo de declaração do imposto de renda – e o VGBL – mais adequado para quem usa o modelo simplificado de IR.

Em seguida, compare as condições disponíveis, como carregamento, taxa de gestão e tábua atuarial (embora os planos novos ofereçam basicamente a tábua BR-SEM sem juros garantidos). Por fim, busque um fundo que esteja de acordo com o seu prazo de investimento e perfil, seja ele mais agressivo ou conservador.

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