2005-11-11
p.A8:Seguros Imagem
DESEMPENHO
Receita sobe 11,6% em nove meses, para R$ 30 bilhões
A atividade de seguros, sem o ramo saúde, chegou a setembro com vendas nominais na casa de R$ 30,072 bilhões, alta de 11,6% frente aos nove primeiros meses do ano passado. Em setembro, a receita de R$ 3,434 bilhões caiu 7,5% frente a agosto, mas cresceu 11% sobre setembro de 2004, segundo estatísticas da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Sem os planos de vida de benefício livre, do tipo VGBL, o faturamento do mercado no acumulado do ano desce para R$ 22,756 bilhões, computando crescimento nominal de 14,7% em relação aos nove primeiros meses de 2004. Em setembro, a captação ficou em R$ 2,555 bilhões, 4,8% menos que em agosto. Em relação a setembro do ano passado, as vendas cresceram 14,5%.
O VGBL continuou a emitir sinais de recuperação. O produto avançou quase 3%, com vendas de R$ 7,316 bilhões. Mas o desempenho dos seguros de vida tradicionais foi ainda melhor. O ramo subiu 8,2%, para R$ 4,149 bilhões, com destaque para os planos individuais, hoje focados nas classes de baixa renda, cujo incremento foi de 20,4%. Os produtos populares também impulsionaram as apólices de acidentes pessoais, que faturaram 22,6% mais no acumulado até setembro: R$ 961,2 milhões, com distinção para a alta de 28,4% nos planos coletivos.
Pacotes
Nos seguros multirriscos, que incluem múltiplas coberturas em uma única apólice, as seguradoras captaram R$ 1,309 bilhão até setembro, alta de 11% sobre igual período de 2004. O segmento residencial cresceu 14,4%, com prêmios na casa de R$ 497,6 milhões, e os produtos para condomínios, mais 14,8% , com receita de R$ 90,9 milhões. Já os pacotes empresariais faturaram R$ 720,1 milhões, registrando expansão de apenas 8,4%.
Os seguros de riscos nomeados, com receita de R$ 747,8 milhões, caíram 5,9%. A carteira de transporte, ao faturar R$ 598,1 milhões, seguiu caminho semelhante: queda de 3%, sendo que a movimentação de mercadorias internacionais diminuiu 8,1%. Em território brasileiro, o trânsito de cargas cresceu 2%. Nos riscos diversos, o situação foi diferente. O faturamento de R$ 1 bilhão mais que dobrou: alta de 110,7%, frente aos nove primeiros meses de 2004. Expansão no ramo de veículo chega a 17,3%
Segundo as estatísticas da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o seguro de veículos, incluindo a cobertura de responsabilidade civil facultativa, faturou até setembro R$ 8,572 bilhões, 17,3% acima da receita captada de janeiro a setembro de 2004, situando-se acima da média do mercado.
As indenizações pagas até setembro subiram de R$ 5,122 bilhões para R$ 5,718 bilhões, alta 11,6%, o que baixou a sinistralidade média da carteira de 74% para 70% entre os dois períodos comparados. Ainda de acordo com a Susep, até setembro, as despesas comerciais, que englobam basicamente pagamentos de comissões de corretagem, cresceram 16,2%, ao atingir R$ 1,537 bilhão.