Notícias | 18 de novembro de 2005 | Fonte: Jornal do Commercio

Receita para este trimestre deve subir 13,7%, para R$ 12 bilhões

Previsão é de vendas em alta

Projeções da Superintendência de Seguros Privados (Susep) indicam que o mercado de seguros, com os planos de vida de benefício livre (VGBL) e sem o ramo saúde, vai captar neste último trimestre do ano quase R$ 12 bilhões, 13,7% acima da produção realizada em igual período de 2004. Com esse desempenho, o Relatório Mensal de Acompanhamento do Mercado Supervisionado, de novembro, recém-divulgado, indica que as seguradoras fecharão o ano com faturamento próximo a R$ 42,1 bilhões, alta nominal de 12,2% sobre o exercício anterior.

O desempenho previsto para o seguro de veículos, inclusa a cobertura de responsabilidade civil, não é animador. Os cálculos dos técnicos da Susep apontam uma expansão de apenas 3%, com a receita situando-se em R$ 2,922 bilhões, contra R$ 2,835 bilhões realizados de outubro a dezembro de 2004. Para o ano, a previsão é de um crescimento de 11%, com as vendas alojando-se na casa de R$ 11,485 bilhões.

Para o VGBL, os técnicos esperam para os próximos meses uma captação mensal de R$ 1 bilhão, sendo que chegará a R$ 2 bilhões em dezembro. Com essa expectativa, o último trimestre fechará com faturamento de R$ 4 bilhões, alta nominal de 15,6%. No ano, aumento será de 7,1%, com os prêmios atingindo R$ 11,316 bilhões.

Os técnicos da autarquia atestaram que a entrada em vigor, no início de 2005, da nova legislação tributária para fundos de previdência, aí incluindo o VGBL, ocasionou uma certa estagnação no patamar de vendas dos produtos e um aumento significativo dos resgates (76,8%) no mesmo período. Entretanto, no caso do VGBL, desde junho, as vendas mensais têm se sustentado em um patamar superior a R$ 800 milhões.

Mas o VGBL mostrou, no mês de setembro, um certo declínio no nível de vendas, quebrando a tendência de crescimento registrada nos três meses anteriores. Em julho, as vendas atingiram o patamar de R$ 959 milhões, em agosto subiram para R$ 1,030 bilhão e, em setembro, voltaram a cair para R$ 878 milhões. Os resgates mensais têm se estabilizado em torno dos R$ 400 milhões.

Empresas têm 135 bilhões investidos na economia

Nos produtos de vida tradicionais, individual e coletivo, a estimativa da Susep é a de que a receita fique em R$ 1,626 bilhão no último trimestre, registrando um incremento superior a 18,5%. O ramo deve fechar o ano com receita de R$ 5,776 bilhões, o que resultará em um incremento de 12,7%.

Cálculos da Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg) mostram que os mercados de seguros, previdência complementar aberta e capitalização tinham em setembro investimentos da ordem de R$ 135,5 bilhões, sendo R$ 35 bilhões alocados no patrimônio líquido das empresas e R$ 100,5 bilhões, em reservas técnicas. Estas cresceram 24,4% em nove meses.

A atividade de seguros, incluindo os números sobre o ramo saúde, recém-divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), chegou a setembro com vendas nominais de R$ 36,331 bilhões, registrando alta de 11,5% frente aos nove primeiros meses do ano passado. Em setembro, a receita de R$ 4,148 bilhões caiu 6,7% frente a agosto, mas cresceu 10,3% sobre setembro de 2004.

Sem os planos de vida de benefício livre, do tipo VGBL, o faturamento do mercado no acumulado do ano desce para R$ 29,015 bilhões, computando crescimento nominal de 13,9% em relação aos nove primeiros meses de 2004. Em setembro, a captação ficou em R$ 3,269 bilhões, 4,4% menos que em agosto. Em relação a setembro do ano passado, as vendas cresceram 12,7%.

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