Os brasileiros estão finalmente descobrindo a previdência privada. De janeiro a junho deste ano, esses fundos captaram R$ 4,399 bilhões líquidos, já descontada a rentabilidade. Trata-se do segundo melhor desempenho do setor, perdendo apenas para os fundos de investimento curto prazo, que captaram R$ 7,4 bilhões no período. O patrimônio dessas carteiras já chega a R$ 28 bilhões, o quarto maior, atrás apenas dos fundos de renda fixa, DI e multimercados.
No primeiro semestre, as aplicações em Planos Geradores de Benefício Livre (PGBLs) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBLs) acumulam crescimento líquido de 19%, com uma média de 2,5% ao mês. Nesse ritmo, o aumento no ano chegaria a 42%. O Valor começa a partir deste mês a publicar um estudo sobre os fundos de previdência privada aberta elaborado pelo site Fortuna.
A pesquisa inclui os 262 fundos de previdência não exclusivos existentes até 30 de junho de 2004. O número é pequeno em relação ao total do setor, que conta hoje com mais de 4.436 carteiras. Essa é a primeira conclusão do estudo: o segmento é ainda muito concentrado, e tem de crescer em competição e opções para o investidor, diz Marcelo D’Agosto, sócio do Fortuna.