Notícias | 12 de maio de 2015 | Fonte: CQCS/ Sueli dos Santos

Quando é hora de pensar na sucessão

sucessaoChega um dia que é preciso pensar na retirada. Empresas familiares costumam ter o momento decisivo em que é preciso tratar a sucessão de forma direta. “A empresa familiar é uma das formas mais antigas de negócio do mundo. No Brasil, estima-se que 95% das empresas sejam familiares.  Na Itália, 99%, e nos EUA, 90%”, afirma Alexandre Latuf Filho, sucessor da Latuf Corretora de Seguros e coordenador da Comissão Corretor do Futuro – SINCOR-SP.

Ele conta que na corretora, a sucessão é tratada ainda como um tema em curso. “Iniciamos este processo em 2010, quando retornei a empresa após trabalhar em outras empresas. Hoje, podemos dizer que este processo está cada vez mais consolidado e caminhando conforme o planejado”, sentencia. Quando isso acontece, a empresa consegue manter seu padrão de funcionamento, os funcionários respeitam o processo e os clientes não são afetados.

A sucessão vira um problema quando não é planejada. Programar a sucessão empresarial é imprescindível para toda e qualquer empresa. A sucessão se trata de um processo contínuo e não de um evento único em determinado momento. É preciso pensar a sucessão de forma que tanto o sucessor quanto o sucedido sejam preparados para caminhar juntos nesse processo.

Latuf cita estudos nos quais metade das empresas do mundo não possui um plano de sucessão e comprovam que negócios completamente dependentes de seu fundador não sobrevivem ao primeiro progama de sucessão. “Os dificuldades estão mais ligado a falta de planejamento deste processo do que ao tamanho da corretora”, afirma. “Na maioria dos casos, a sucessão envolve relações afetivas e familiares. Por isso, planejá-la significa dizer que estaremos preservando os familiares de futuras dificuldades e conflitos”, diz.

Em casos em que não exista interesse de nenhum sucessor em dar continuidade à empresa, Latuf diz que pode ser feita a contratação de um profissional de mercado para assumir a gestão da empresa. Mas para ele, a melhor orientação ainda é planejar e pensar o processo de sucessão. “É importantíssima uma conversa entre o sucessor e sucedido a respeito do que ambos querem para seu futuro. Caso exista interesse dos dois na sucessão, é importante a preparação de ambos”, diz.

Ele aconselha ainda que os sucessores sejam preparados com formação profissional e de preferência, realizem estágios e conheçam a experiência de outras empresas. Além disso, é importante demonstrar aos funcionários que o sucessor também faz parte da equipe e isso significa chegar cedo, cumprir o mesmo horário e assim ganhar a confiança de todos, demonstrando que não existe privilégios. “Na prática, sugiro aos sucessores que se dediquem ao máximo neste processo e aos sucedidos, que deem apoio e liberdade para que os sucessores comandem a empresa a sua maneira e tenham em mente que uma transição bem sucedida pode significar um novo começo para a empresa”, finaliza.

 

Um comentário

  1. Flávio Antonio Mueller SUSEP 10.0404624

    12 de maio de 2015 às 10:17

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