Por Marcelo Monteiro
Há 20 anos eu iniciei na corretagem de seguros. Comecei no salão de vendas de uma seguradora, intermediado por uma corretora de seguros. Difícil começo, sem clientes e sem a credibilidade necessária, pois eu estava começando em uma área totalmente diferente da que eu atuava anteriormente.
Elegi o seguro de vida para ser o meu “carro chefe” ( e é até hoje). Naquela época, poucos usavam as redes sociais, não havia whatsapp; as prospecções eram feitas por telefone e no porta a porta.
Eu fazia muitos contatos pelo telefone, em busca de agendamentos de visitas, segmentando por categoria profissional.
Certa vez, elaborei um cronograma de visitas aos escritórios de despachantes policiais em minha região. Era difícil mesmo, pois eu estava começando, ainda não tinha autoridade no assunto, mas fui persistindo.
Certo dia, em uma destas visitas, apresentei-me ao responsável pelo escritório de despachos e iniciei uma breve conversa a respeito da contratação de um seguro de vida para ele e seus funcionários.
Ele demonstrou interesse e me pediu que voltasse em um mês para prosseguirmos com a contratação. Fiquei na dúvida se ele estava realmente interessado ou se seria uma forma educada de me dispensar.
Enquanto isso, eu continuava visitando outros escritórios. Gastava bastante sola de sapato e as vendas eram tímidas. Percebi também que as objeções eram frequentes, muitas vezes me falavam: Rapaz, pra quê seguro de vida, pra deixar para o Ricardão? Certa vez eu respondi:” É melhor a viúva ficar com o Ricardão por amor do que por necessidade”, e funcionou: Seguro feito!
Passavam-se os dias e no dia seguinte eu voltaria naquele despachante que me disse para voltar em um mês. Fui ao escritório dele, não o vi em sua mesa e disse: Bom dia, eu poderia falar com o sr. Augusto por favor?
Naquele momento, o tic- tac das máquinas de escrever pararam. Houve alguns segundos de silêncio e uma das moças me disse: Moço, ele morreu tem uma semana! Alguma coisa em que eu possa ajudar?
Fiquei sem palavras, me despedi da moça e fui ao rumo de minha casa…
Aquilo ficou marcado como um aprendizado que me ajudou muito a ter sucesso nas vendas de seguro de vida: A contratação do seguro de vida não pode ser deixada para amanhã, não pode ser deixada para depois. Estou agora em meu escritório digitando este texto, não sei se vou conseguir acabar, pois não sei se viverei o suficiente para apertar mais uma tecla deste meu notebook.
Bom, digitei mais algumas palavras, espero que eu continue e termine este texto, espero que eu viva por muitos anos ainda, mas não sou eu quem decido o quanto mais vou viver, mas tenho a certeza de que aqueles que dependem de mim financeiramente estarão amparados por muitos e muitos anos, pois possuo algumas apólices de seguro de vida.
A vida é importante demais, e a vida daqueles que dependem de nossas vidas é mais importante ainda, ao menos é o que eu penso e é desta forma que eu falo com meus clientes, na hora de oferecer um seguro de vida.
A melhor hora para contratar um seguro de vida é agora!
Marcelo Monteiro-Corretor de Seguros
Santos-SP