A Global CBB – Clube de Benefícios, que está patrocinando o Vasco da Gama, é a mesma associação de proteção veicular que foi denunciada ao CQCS por um consumidor.
Como o CQCS noticiou na sexta-feira passada (15/02), o sr. Haron Mota, residente em Nilópolis (RJ), utilizou o “Fale Conosco” deste portal para fazer um pedido de ajuda. Segundo ele, essa associação, que comercializa a chamada “proteção veicular”, não cumpriu o que havia sido acordado.
Mota explicou que teve o carro roubado e, posteriormente, recuperado pela associação, com a ajuda de rastreador. Contudo, a oficina credenciada por essa associação fez apenas maquiagem no motor do carro, que estava bem danificado. “Fui pegar carro e eles não tinham peças e não consertaram várias coisas. Levei o carro para casa e constatei outros problemas”, revelou o denunciante, acrescentando que somente na segunda oficina, também credenciada, desmontaram o motor, mas os problemas continuaram, o que o levou a procurar ajuda para formular sua denúncia da associação.
Na ocasião, o CQCS entrevistou o vice-presidente da Fenacor, Dorival Alves de Sousa, segundo o qual qualquer pessoa pode denunciar essas associações que atuam irregularmente. “Há dois caminhos, ou procura o sindicato (no caso do corretor) ou encaminha carta denúncia diretamente para a Susep, para que a informação seja checada pela área competente e sejam adotadas as devidas providências”, frisou.
Ele ressaltou, contudo, que a denuncia deve ser bem embasada, se possível com a apresentação de documentos como propostas, registro e prospectos. “A denúncia não pode ser vaga para não dificultar trabalho da Susep”, concluiu.
CLUBE.
Coincidentemente, no mesmo dia, o Vasco da Gama anunciou um contrato de patrocínio até o fim de 2019 com a Global, que já estampou sua marca no calção do clube carioca no jogo contra o Fluminense, pela decisão da Taça Guanabara, neste domingo, 17.
Essa parceria gerou muitas críticas de corretores, inclusive os vascaínos, como Sheyla Márcia Gonçalves Nunes, que demonstrou seu repúdio e disse envergonhada com o fato do seu time “aceitar patrocínio de algo que perante os órgãos regulamentadores, como a Susep, é considerado ilegal”.
Já o ex-presidente do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ), Jayme Torres, pediu ajuda ao CQCS e aos demais corretores para alertar a diretoria do Vasco a respeito da procedência da empresa.
Em nota distribuída por sua assessoria de imprensa, a diretoria do CCS-RJ também manifestou sua indignação diante da decisão do Vasco de ter aceitado como patrocinador uma associação de proteção veicular que “exerce atividade totalmente controversa e que vem sendo constantemente combatida pelos Órgãos Públicos e de Fiscalização do Mercado e de Defesa do Consumidor, inclusive com consistente divulgação na mídia de diversos prejuízos causados aos seus associados”.
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