Antônio Cássio dos Santos foi o convidado da live do CQCS na página do Instagram. O executivo acaba de assumir a presidência do conselho de Administração e CEO interino do IRB Brasil RE e conversou com Gustavo Doria, criador do CQCS na noite desta quarta-feira, dia 15.
Cássio disse que está conhecendo os funcionários do IRB virtualmente. “Foi uma das primeiras decisões que passou por mim: colocar a empresa em home office”, revelou.
Ele disse que foram montados núcleos de revezamento em algumas funções. “Na contabilidade, o pessoal vai ao escritório. A companhia paga o uber ou o pessoal vai de carro e o funcionário tem o combustível ressarcido”, afirmou.
Na experiência do home office, ele disse que tem trabalhado mais do que estivesse presencial na empresa. “É uma companhia muito organizada, tem um corpo funcional de primeira. O IRB é a representação do seguro brasileiro do alto dos seus 81 anos. É um momento de exceção que eu venho me adaptando, mas para mim é normal trabalhar remoto”, ressaltou.
O executivo lembrou que o IRB tem uma grande representação na Argentina e em vários países da América Latina, além da unidade que fica em Londres e deve ser retomada. “Temos um projeto de disputar o mercado de resseguro que passa por Miami”, revelou.
Sobre o atual momento, Cássio disse que é durante as crises que se descobre a semente da oportunidade. “O grande desafio de fato é ter a persistência, a disciplina e a determinação de buscar no âmago da crise o que é a solução dos cases que se tem na mão”.
Ele disse ter moldado o perfil profissional para ser um administrador de crise. “Startups por exemplo é mudar. Eu não, eu sirvo para manter empresa”, disse.
O novo presidente do conselho de administração do IRB disse ainda que ninguém sabe o que vai acontecer em um futuro próximo. “Acho que falar dos problemas todo mundo vai chegar mais ou menos a mesma conclusão: ninguém sabe o que vai acontecer com as contas a receber. Quem é capaz de dizer o que vai acontecer com os investimentos, o impacto das taxas de juros apertadas o curto e médio prazo?”, questionou.
Ele disse que tem investido tempo em pensar na crise. “Tenho procurado, de forma disciplinada, em torno de 70% pensar na crise e 30% pensar nas oportunidades e tem várias. Uma delas é que em momentos como esse as matrizes tendem a focar no mercado chave. É momento para os locais e regionais”.
Cássio disse ainda que o momento serve de reflexão para os integrantes do mercado. “Para quem o seguro deveria valer? Para as empresas? Com certeza; para as grandes empresas, para classe média, para classe alta talvez…quem precisa realmente são as classes vulneráveis. É o que estamos vendo agora”, refletiu.
O Executivo também enalteceu a figura do Corretor e ainda deu uma dica importante para os profissionais da distribuição neste momento complexo de pandemia. ‘’Quando tudo começou meu Corretor me mandou uma mensagem me lembrando que para qualquer dificuldade ele estaria ali para me atender, isso é importante’’, pontuou.
No fim da live, ele ainda compartilhou um pensamento do apóstolo Paulo de Tarso: “Quando sou fraco, sou forte. Essa é uma reflexão do homem a respeito de si mesmo. Quando reconheço para retomar, começa o processo de transformação”, disse.
Ele ainda sugeriu a Gustavo Doria a criação de uma clínica direta entre o IRB e o corretor para novas ideias. “Podemos aproveitar esse momento de ambiguidade e desenvolver algo de ponta a ponta. O corretor tem o contato direto com o cliente e nós, os seguradores, oferecemos a segurança”.
Confira a Live na integra.
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