Ao abrir, hoje pela manhã, em São Paulo, o Seminário “Previdência, Poupança e Desenvolvimento”, o presidente do grupo SulAmérica, Patrick de Larragoiti Lucas, afirmou que a expansão da previdência privada está atrelada a um novo tratamento fiscal. Ele assegurou que a revisão da carga tributária incidente sobre esse segmento não provocaria necessariamente um reflexo sobre o superávit fiscal do governo: “o setor tem grande importância por ser um investidor institucional e pode ajudar o governo na formação da poupança interna que tanto o País precisa para se desenvolver mais rapidamente”, argumentou Patrick de Larragoiti.
Ele salientou que a previdência complementar deverá faturar este ano cerca de R$ 17 bilhões, muito acima do montante apurado até 1998, na faixa dos R$ 3,2 bilhões em contribuições.
Patrick Larragoiti acentuou ainda que o mercado como um todo está bem próximo de atingir os R$ 100 bilhões de ativos. Segundo o presidente da SulAmérica, somando reservas técnicas e capital das empresas de seguros, previdência aberta e de capitalização, os ativos do mercado como um todo chegaram a cerca de R$ 95 bilhões em 2003, o equivalente a 6% do PIB nacional.
Na avaliação dele, um tratamento fiscal mais adequado aos investidores “estimularia muito mais que eles poupassem pensando no longo prazo”.
O seminário, promovido pela SulAmérica, é organizado pela Gazeta Mercantil, em parceria com o Jornal do Brasil e a revista Forbes.