Notícias | 4 de julho de 2003 | Fonte: Jornal do Commercio

Preços na região são até 226% mais caros

O diretor da Associação dos Corretores de Seguros da Baixada Fluminense (ACBF), Jayme Torres Pereira Junior, sustenta, com base em levantamento feito pela entidade, que o custo do seguro de automóvel na região é até 226% mais caro do que na cidade do Rio de Janeiro, dependendo do bairro ou área onde a apólice é contratada.
Jayme Torres diz que essa diferença de preço foi constada no seguro de um Corsa Sedan, na Porto Seguro. Para um morador de Duque de Caxias, o seguro sai por R$ 8.103, enquanto o segurado que reside em Copacabana desembolsa R$ 2.485, pela mesma cobertura.
Outro dado importante, apontado por ele, foi que seguro do Golf 1.6, na Sul América, custa R$ 7.164 também em Caxias. Na Ilha do Governador, segundo ele, sai por R$ 4.923, uma diferença de 45,5%, apesar das duas regiões estarem separadas por apenas oito quilômetros, pela Linha Vermelha.
Ele comenta que, além da Porto Seguro e da Sul América, foram pesquisados os preços do seguro de automóvel da Bradesco, Axa, Real, Unibanco e Itaú. Os cálculos foram efetuados com o mesmo perfil para o motorista: casado, 40 anos e habilitado há 20 anos.
O único diferencial para efeito do cálculo da taxa, entre as regiões, é o do endereço (CEP) de pernoite do carro. “Sendo o veículo um bem móvel, e, com as vias expressas interligando os vários pontos da capital e do Grande Rio, será correto dividir a Baixada para efeito de taxação de risco, já que o roubo pode ocorrer em qualquer local?”, questiona Jayme Torres.
Injustiça
Na sua opinião, as distorções causadas pelos critérios atualmente utilizados pelas seguradoras são características de desconhecimento da região. “Os critérios são injustos”, critica, lembrando que em abril, por exemplo, foram roubados e furtados 4.660 veículos em todo o Estado, sendo apenas 928 na Baixada, 19,9% do total, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública.
“Portanto, não se justifica a diferença de preços”, reitera Jayme Torres, assinalando que a taxação das seguradoras é incorreta.
Em Pernambuco, o sindicatos de corretores pretende ingressar na Justiça contra o aumento da carga tributária.

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