Notícias | 27 de junho de 2019 | Fonte: Revista Apólice

Por um mundo onde caibam vários outros mundos

O viés inconsciente é o pré-julgamento que fazemos a uma situação e/ou pessoa por conta de suas raízes, ensinou uma das palestrantes dos evento do Idis/AMMS

Em evento realizado na quarta-feira, 26, a Escola Nacional de Seguros, em São Paulo, foi palco da palestra: Viés inconsciente: desconstruindo preconceitos. O debate, promovido pela AMMS – Associação das Mulheres do Mercado de Seguros, debateu a importância da diversidade dentro do mercado de seguros.

A palestra discutiu diversidade com o viés da psicologia e a conexão destes termos com o mercado de seguros. Na primeira parte da exposição do evento, Juliana Zan, superintendente da RH da Tokio Marine, explicou a utilização da expressão que deu nome ao tema. “O viés inconsciente é o pré-julgamento que fazemos a uma situação e/ou pessoa por conta de suas raízes.”

A executiva ressaltou a importância que o setor dá para o tema da diversidade. ”O mercado de seguros quer plantar uma semente e dar um passo a mais. Existe uma necessidade interna para tratar o assunto. Tanto a AMMS, o IDIS (Instituto pela Diversidade e Inclusão no Mercado de Seguros) e a CNseg possuem os mesmos interesses: fazer da indústria um lugar melhor. Os profissionais saem da faculdade e não pensam em trabalhar em uma seguradora, mas é um mercado extremamente poderoso. Nós precisamos nos reinventar porque a tendência é o mercado diminuir ou realmente as pessoas não quererem vir trabalhar aqui”, enfatizou Juliana.

A segunda parte do evento trouxe palestrantes que contaram como, de diferentes modos, as pessoas constroem a forma social, o viés inconsciente sobre elas. Flávia Bianco, professora da ENS, falou sobre as dificuldades cotidianas do que é ser uma mulher, mãe e trans. “Não tenho o apoio da minha família. Quando fiz a minha transição, expliquei para minha filha o que estava ocorrendo e assim obtive o apoio dela. Isso é o que importa”.

Oswaldo Nardini, gerente executivo do departamento Jurídico do Banco do Brasil e Mapfre, contou que as pessoas nunca o viam como capaz, por conta da dificuldade de locomoção. “Chegou um dia que não havia mais nenhum estagiário para ir ao fórum e, somente nessa ocasião, o advogado mandou eu ir até lá. Porém, ele teve uma surpresa, porque os outros advogados iam e não voltavam. Eu, ia, cumpria o meu trabalho e voltava”, explica.

Valéria Schmitke, presidente do IDIS, finalizou o encontro e apresentou a importância de um ambiente plural. ”O mercado de seguros tem que refletir o que é o povo brasileiro. Se o Brasil possui 54% de negros e pardos, o ideal é que haja a mesma proporção dentro do mercado. Se 52% do mundo é composto por mulheres, nós esperamos que as diretorias sejam compostas por mulheres. Se as pessoas têm o direito para escolher sua orientação sexual, no setor de seguros elas têm de ser livres. O nosso objetivo final é chegar a uma verdadeira equidade no mercado”, concluiu.


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